Moçambique. Crédito à economia com novo recorde em novembro de 4.422 ME

O crédito à economia de Moçambique voltou a crescer em novembro, para 290.973 milhões de meticais (4.422 milhões de euros), um novo recorde, indicam dados do banco central.

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Lusa
20/01/2025 07:07 ‧ há 11 horas por Lusa

Economia

Moçambique

Segundo dados de um relatório estatístico do Banco de Moçambique, este desempenho revela um crescimento de 0,5% em comparação com outubro, ultrapassando o pico de quase 289.478 milhões de meticais (4.399 milhões de euros) em setembro.

 

O crédito a particulares continua a liderar, voltando a acelerar em novembro para 98.234 milhões de meticais (1.492 milhões de euros), após máximos mensais consecutivos.

Segue-se o setor dos transportes e comunicações, cujo total de crédito concedido pela banca voltou a cair ligeiramente, para 24.827 milhões de meticais (377 milhões de euros), o comércio, com quase 24.623 milhões de meticais (374,2 milhões de euros), e a indústria transformadora, que recuou para 24.220 milhões de meticais (368 milhões de euros).

A taxa de juro de referência para o crédito em Moçambique desceu em janeiro mais 0,7 pontos percentuais, para 19%, o quarto corte mensal consecutivo, divulgou no início do mês a Associação Moçambicana de Bancos (AMB).

A taxa, conhecida como 'prime rate', atingiu um máximo de 24,1% em julho de 2023, valor que se manteve inalterado durante seis meses consecutivos, tendo começado a descer a partir de março de 2024.

As oscilações da 'prime rate' estão associadas à taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de cálculo da 'prime rate') pelo banco central, para controlar a inflação.

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique anunciou no final de novembro nova descida da taxa de juro de política monetária, designada por MIMO, de 13,5%, em vigor desde final de setembro, para 12,75%.

"Esta decisão é sustentada pela contínua consolidação das perspetivas da inflação em um dígito, no médio prazo, não obstante as incertezas quanto à duração da tensão pós-eleitoral e o seu impacto sobre os preços de bens e serviços", justificou, em comunicado, o Banco de Moçambique, após a reunião do CPMO, que se realiza a cada dois meses.

A taxa de juro diretora estava fixada em 17,25% desde setembro de 2022, após a intervenção do banco central, que depois iniciou cortes consecutivos a partir de 31 de janeiro de 2024

A próxima reunião do Comité está agendada para 27 de janeiro.

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