A projeção do IBGE ocorre devido à melhoria das condições climáticas e, para cereais, leguminosas e oleaginosas foi 2,5% superior à última estimativa, feita em dezembro do ano passado.
"Esse crescimento deve-se à recuperação da colheita de soja, que passou por muitos problemas em 2024. Isso se soma às condições climáticas favoráveis às lavouras na maior parte do Brasil, mesmo com atraso no início do plantio", explicou Carlos Guedes, gerente de agricultura do IBGE.
"Os produtores conseguiram recuperar este atraso, utilizando-se de alta tecnologia. Tem chovido de forma satisfatória na maioria das regiões produtoras, o que beneficia as lavouras que estão em campo, como a soja e o milho da primeira colheita", acrescentou.
Soja, milho, arroz, trigo e feijão impulsionarão a colheita de grãos neste ano no país sul-americano, enquanto a produção de algodão permanecerá estável e a produção de sorgo cairá.
Segundo o IBGE, a área colhida deverá crescer 6,3% para o feijão, 5,8% para o arroz e 2,7% para a soja, e a expectativa é de queda de 1,6% para o milho no primeiro plantio, a expectativa é de alta de 1,2% no segundo.
O setor agrícola é um dos motores económicos do Brasil e seu impacto é fundamental para o crescimento económico do país, que deve ficar em torno de 2% neste ano, de acordo com previsões dos analistas do mercado.
Já o Governo brasileiro espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% em 2025, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Política Económica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Leia Também: Lula assina lei que proíbe uso de telemóvel nas escolas brasileiras