Depois de ouvir as críticas da Direita ao programa do PS, apresentado no último fim de semana, o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, ficou com a "convicção clara" de que o programa "é muito bom".
"Ouvi o líder do PSD à saída aqui do tribunal a dizer que era bom termos programas tão diferentes e eu concordo com ele. Quem acha que se deve pegar em 1.500 milhões de euros e dar a uma minoria da população, vota na AD, quem acha que esse dinheiro é melhor investido nas famílias e pessoas, então vota no PS, que tem um programa que vai ao encontro das necessidades das pessoas. Resumindo, o PS tem um programa que responde a todos. A AD tem um programa que dá resposta a meia dúzia de portugueses", defendeu Pedro Nuno, em declarações aos jornalistas, esta segunda-feira, após a entrega das listas de deputados do PS às eleições legislativas, em Aveiro.
O socialista considera a crítica da AD como "absurda" porque o "custo orçamental é sensivelmente o mesmo" entre os dois partidos. A diferença é que o "PSD opta por dar 1.500 milhões de euros a quem não precisa".
"Aquilo que fazemos é reduzir o custo de vida para todos. O PSD tem outro problema, que é não entender que uma economia não se transforma com o IRC. As empresas bateram recorde de lucro em 2023 e 2024. Quem tem dificuldades são as famílias portuguesas quando têm de pagar as contas. Ainda bem que se pode perceber, com os programas, quais são as prioridades para os partidos", atacou o secretário-geral do PS.
Questionado sobre se quererá governar mesmo não sendo o partido mais votado, Pedro Nuno afirmou apenas que o PS vai "trabalhar para ganhar as eleições".
"Como vimos há um ano, o Presidente da República chamou o partido mais votado a formar Governo. É por isso que é tão importante concentrar os votos no PS", acrescentou.
As eleições antecipadas foram anunciadas pelo Presidente da República a 13 de março, dois dias depois de o Parlamento chumbar uma moção de confiança ao Governo e que ditou a demissão do Governo PSD/CDS.
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