Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) adiantou à Lusa que até às 22h00 de hoje registou 1.015 ocorrências, dados que excluem o concelho de Lisboa.
Já os bombeiros sapadores de Lisboa adiantaram que entre as 08h00 e as 22h40 de hoje registaram 235 ocorrências devido ao mau tempo.
Fonte dos sapadores contactada pela Lusa adiantou que estas 235 ocorrências deveram-se sobretudo a quedas de árvores, na sua maioria, mas também de estruturas, ainda que em menor número, sem especificar no entanto o número exato.
De acordo com a ANEPC, as regiões mais afetadas foram Grande Lisboa e Península de Setúbal, sobretudo com quedas de árvores e de estruturas e ainda limpezas de via.
As mais de 1.200 ocorrências registadas hoje juntam-se às 8.600 situações registadas nos últimos dois dias, mais precisamente entre as 00h00 de quarta-feira e as 22h00 de quinta-feira, relacionadas com as condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes.
A ANEPC referiu ainda, num balanço pelas 23h30, que não tem registo de novos feridos.
Entre os feridos associados à passagem da depressão Martinho, destaca-se uma mulher, "com cerca de 30 anos", que na quarta-feira foi atingida por uma árvore na Lagoa Azul, em Sintra, no distrito de Lisboa, e que se mantém hoje internada com "prognóstico muito reservado", informou à Lusa fonte da autarquia.
Em resultado do mau tempo, menos de 1.000 clientes fornecidos pela E-Redes - Distribuição de Eletricidade estavam, pelas 19h30 de hoje, sem energia devido aos efeitos do mau tempo, revelou a empresa, depois de um pico de 185 mil clientes afetados a nível nacional, devido à passagem da tempestade Martinho, pelas 01:00 de quinta-feira.
A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.
O cenário de chuva e ventos fortes vai manter-se até sábado, segundo as autoridades.
Leia Também: Mau tempo. Centro Atrium Saldanha fechado sem data para reabrir em Lisboa