O ministro, que falava num debate do International Club Portugal, em Lisboa, sob o mote "Desafios da Economia Portuguesa no atual contexto internacional", em Lisboa, acrescentou que "Portugal hoje é visto como um porto de abrigo e uma plataforma estratégica" para investidores.
O ministro disse também que vê hoje o desenrolar de "uma nova matriz económica" em Portugal, onde "o Governo apenas alivia a fiscalidade e a burocracia" das empresas e acrescentou que "um dia se perceberá a vantagem que existe para as empresas que [os ministérios] das finanças e da economia trabalhem de braços dados".
Relativamente à defesa, Pedro Reis afirmou que já foi feito o "rastreamento de todas as empresas capacitadas para entrar no 'cluster'", acrescentando ainda que vai ser criado um grupo de trabalho para acompanhar o tema.
Além disso, o governante disse ainda estar a trabalhar na "compilação de instrumentos financeiros" europeus e portugueses para "a facilitação" do setor e admite querer "fazer parcerias com países que queiram fazer parcerias".
Pedro Reis mencionou também a necessidade de mudar a "agenda europeia" no sentido em "que as empresas que ganham dimensão perdem incentivos" e acrescentou que a "Europa tem que se encontrar".
Relativamente ao sistema de contratação pública, o ministro também avançou algumas opiniões dizendo haver a necessidade de "rever o processo de contas públicas" e alinhar "os critérios de contratação".
O governante disse ainda que "não é possível investir mais sem desbloquear a confiança na administração pública" acrescentando que "há todo um trabalho profundo [a fazer] na arquitetura institucional e na desburocratização".
O ministro avançou também estar "a desenhar uma rede internacional para parcerias de investimento" e acrescentou ainda ser importante "ter a humildade de perceber o que as empresas pedem" admitindo ter já programas de aprovação de garantias do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Pedro Reis destacou ainda a importância da "valorização do salário médio" e referiu que "Portugal mexe no território das qualificações" e para se reter talento "tem que se pagar melhor".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou eleições antecipadas para o dia 18 de maio após o parlamento ter chumbado a moção de confiança avançada pelo Governo.
[Notícia atualizada às 16h34]
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