Univ. de Évora apoia São Tomé com mestrados em História e Património

A Universidade de São Tomé e Príncipe vai implementar os primeiros mestrados em História e Património e Doutoramento em Sociedade, Cultura e Desenvolvimento no arquipélago com apoio da Universidade de Évora, segundo acordo hoje assinado.

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Lusa
18/03/2025 23:38 ‧ há 7 horas por Lusa

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"Esta cooperação entre as nossas instituições é um reflexo dos laços históricos profundos que unem São Tomé e Príncipe e Portugal. Mais do que olhar para o futuro está parceria aponta, para um futuro com maior intercâmbio académico, de partilha de saberes e novas oportunidades para os docentes, os investigadores, e os estudantes ",enfatizou a reitora da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP), Eurídice Aguiar.

 

A reitora da USTP sublinhou ainda que o protocolo assinado em São Tomé, reforça "a importância do conhecimento histórico e da preservação" da identidade cultural são-tomense.

A reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vasconcelos Vilar sublinhou o percurso desenvolvido até a assinatura do protocolo, nomeadamente, destacando a importância da acreditação dos cursos para a promoção da investigação científica em São Tomé e Príncipe.

"É um processo exigente mais é um processo absolutamente essencial para que a universidade consolide no futuro, para que a universidade seja cada vez mais importante e as suas formações reconhecidas tanto interna como externamente", sublinhou Hermínia Vasconcelos Vilar.

A coordenadora do novo mestrado na USTP, Nazaré de Ceita destacou que os cursos surgem após cerca de 20 anos, que a instituição tem estado a conduzir "inúmeros licenciados em história" e no ano em que o país completa 50 anos de independência no dia 12 de julho.

Acrescentou ainda São Tomé e Prince tem em curso uma séria de iniciativas para a preservação e valorização da sua história e cultura, nomeadamente a inscrição de bens na lista de património mundial, reserva da Unesco, património agrícola, construção de lista indicativas, por isso defendeu a necessidade de qualificar técnicos para enfrentar os desafios no setor patrimonial do país.

"É chegada a hora de fazer emergir um corpo técnico com competências e capaz de acompanhar tantos e tantos desafios. Todos já concluímos que a situação de caos patrimonial em que nos encontramos precisa de ser estancada muito rapidamente", sublinhou Nazaré de Ceita.

A assinatura do protocolo aconteceu dias depois de ser lançado um projeto de requalificação e recuperação do acervo cultural do Museu Nacional de São Tomé e Príncipe que será financiado pela cooperação portuguesa com cerca de meio milhão de euros.

O Embaixador de Portugal em São Tomé e Príncipe, Luís da Silva disse hoje que neste âmbito  "serão atribuídas 10 bolsas de mérito aos melhores alunos da parte letiva deste mestrado", para "incentivar à excelência académica e a investigação científica na Universidade  de São Tomé e Príncipe".

"Queremos que os melhores quadros formados nessa área possam contribuir ativamente para a valorização e preservação do património histórico e cultural do país, em especial num momento em que vamos investir na renovação do Museu Nacional", acrescentou o diplomata português durante a cerimónia.

Leia Também: São Tomé prevê ganho de 30% e menos embarcações em acordo de pesca com UE

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