O Adjunto de Operações Nacional no Comando Nacional de Operações de Socorro, Alexandre Penha, alertou, esta terça-feira, para o impacto esperado da Depressão Martinho, dando conta de alguns alertas e solicitando que, na medida do possível, se evite a circulação nas estradas nos períodos mais fortes.
Em declarações aos jornalistas, o responsável dei conta de algumas informações sobre o fenómeno meteorológico esperado esta semana, que trará uma "intensificação da precipitação, um agravamento geral do estado do tempo, caracterizado por aumento da precipitação e do vento."
"Este evento será coincidente com o final do dia de amanhã e princípio da manhã de quinta-feira. Ao mesmo tempo, nesse período temos o período da maré cheia nos principais portos e zonas onde há escoamento da precipitação, o que pode causar situações de inundação, especialmente nos espaços urbanos", apontou, referindo-se à Depressão Martinho.
Alexandre Penha afirmou ainda que estava a ser preparado o envio de um SMS para avisara população, nomeadamente, para as regiões onde é esperado que esta depressão cause mais impacto, que são "a região de Leiria, a Grande Lisboa, incluindo Península de Setúbal, o Litoral Alentejano, a zona do Baixo Alentejo e Algarve."
ANEPC alerta condutores para evitar circulação que "possa ser evitada"
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta ainda quem vai pegar no carro, pedindo que, se possível, a circulação seja reduzida nos próximos dias. Sublinhando que será precisa "cautela naquilo que é movimentação", o responsável lembrou que o período onde se verificará mais movimento nas estradas é "coincidente com o período de maior precipitação", referindo-se a quarta-feira ao final do dia e quinta-feira ao início. "Todos os movimentos que possam ser evitados nas estradas, pedimos para evitar", apelou.
A autoridade refere ainda que deverão ser evitadas as zonas onde "historicamente, é normal acontecerem cheias", nomeadamente, as bacias dos principais rios e as zonas junto ao mar, dado que a "agitação marítima" se "vai fazer notar."
Questionado sobre o assunto, o responsável explicou que na zona do Vale de Santarém já tem vias alagadas, e a respetiva interdição já está a acontecer.
Em relação aos solos, o adjunto explicou que estes "já estão saturados" e que por isso as "drenagens são mais difíceis". "Esta depressão, associada com outros fatores - maré cheia - fazem com que seja uma situação de maior cautela", apontou.
[Notícia atualizada às 16h22]
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