Em comunicado, a autarquia diz estar "solidária com os trabalhadores afetados pelo despedimento coletivo" anunciado na Yazaki Saltano e "manifesta a sua total disponibilidade para os apoiar".
"Perante esta decisão da empresa, que terá um impacto significativo na vida de cerca de 270 trabalhadores da unidade fabril de Ovar, o Município está empenhado em mobilizar todos os recursos ao seu dispor para garantir o necessário acompanhamento social e profissional de todos os trabalhadores", lê-se na nota de imprensa.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara Municipal disse ter apurado que em Ovar estarão em causa cerca de 270 trabalhadores da fábrica, enquanto os restantes afetados por esta medida serão de serviços administrativos dos escritórios com sede em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
"Apesar de se tratar de uma decisão resultante da crise no setor automóvel e de a empresa garantir o cumprimento integral dos direitos dos trabalhadores, a Câmara Municipal de Ovar não pode deixar de expressar a sua preocupação com as consequências desta medida para os trabalhadores, as suas famílias e para a economia local", refere a autarquia do distrito de Aveiro.
Em causa está um despedimento confirmado hoje à Lusa pela Yazaki Saltano que tem em Ovar uma fábrica dedicada a sistemas elétricos e eletrónicos para a indústria automóvel.
A empresa justifica a decisão com a "atual situação crítica da indústria automóvel europeia".
Sublinhando que está "solidário com os trabalhadores e estará atento a todas as implicações sociais e económicas desta decisão", o Município de Ovar diz que assegurará que "serão mobilizados os recursos necessários para apoiar a reintegração profissional dos trabalhadores e mitigar os impactos dessa decisão empresarial".
"Seja através da atuação do Gabinete de Inserção Profissional do Município ou do recurso a medidas de apoio social, como o Fundo de Emergência Social, a autarquia vai disponibilizar toda a ajuda, dentro das suas competências e com os instrumentos que tem ao seu dispor, para garantir a salvaguarda económica e social das pessoas afetadas por essa decisão", termina a autarquia.
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