O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) fez uma análise do mês passado, publicando-a esta sexta-feira nas redes sociais.
De acordo com a análise, dezembro de 2024 em Portugal continental "classificou-se como quente em relação à temperatura do ar e extremamente seco em relação à precipitação".
Segundo o documento, o último mês foi o 8.º dezembro mais quente desde 2000, tendo o mais quente deste leque sido registado em 2022 (com uma temperatura média do ar de 12,72°C). Já no mês passado, a temperatura média foi de 10,26 °C, um registo "0.45 °C superior ao valor da normal 1981-2010".
Já quanto à temperatura máxima do ar, dezembro teve o 7.º valor mais alto desde 1931, com valor médio de 15.16 °C. "Temperatura mínima do ar: o valor médio da temperatura mínima do ar, 5.35 °C, apresenta uma anomalia de -0.53°C em relação ao valor da normal", detalham os especialistas.
O IPMA apontou ainda que durante o mês de dezembro se verificou "uma alternância nos valores da temperatura do ar em relação ao valor médio mensal, destacando-se o período quente no início do mês (1 a 7) seguido de um período frio (8 a 16) em que se registaram anomalias mais significativas e ainda um segundo período quente mais curto (17 a 19)", lê-se na nota.
Quanto à precipitação, o IPMA indica que dezembro do ano passado foi "o mais seco desde 1931". "Registou-se um total de precipitação de 15.9 mm, que corresponde a apenas 12% do valor médio 1981-2010. Durante o mês não se registou precipitação significativa em quase todo o mês, exceto no dia 18, na região Norte; alguns locais do interior Centro e do Alentejo, registaram totais mensais inferiores a 5 mm", lê-se.
Houve ainda no período analisado um aumento da seca meteorológica, "que se estendeu a toda a região Sul e a alguns distritos da região Centro (Lisboa, Santarém e Setúbal). De salientar a região litoral Sul (Alentejo e Barlavento Algarvio) na classe de seca moderada. No final de dezembro 55 % do território Continental estava em seca meteorológica (classes fraca e moderada)".
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