Será "muito difícil" para o Canadá evitar recessão caso EUA sejam atingidos

O Canadá terá dificuldades em evitar uma recessão se os Estados Unidos forem atingidos, alertou hoje Mark Carney, primeiro-ministro canadiano e antigo banqueiro central, num evento de campanha para as eleições legislativas.

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© DAVE CHAN/AFP via Getty Images

Lusa
08/04/2025 00:00 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Canadá

"A probabilidade de uma recessão nos Estados Unidos aumentou significativamente. Isto terá efeitos significativos na economia canadiana, será muito difícil para nós evitá-la", realçou, a partir da costa oeste do Canadá, onde realizou um comício de campanha.

 

Para Mark Carney, que chefiou o Banco do Canadá e o Banco de Inglaterra, a queda dos mercados bolsistas globais não é uma surpresa.

"Estão a reagir ao que anunciámos, que estas tarifas são fundamentalmente prejudiciais para a economia americana e também para a economia global", acrescentou.

O mundo está a recuperar do anúncio da semana passada de tarifas por vezes exorbitantes contra os parceiros comerciais dos EUA, que fizeram os mercados bolsistas internacionais afundar.

O Presidente dos EUA Donald Trump sublinhou hoje que não planeia suspender a implementação de novas tarifas.

O Canadá, um dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos, foi largamente poupado aos últimos anúncios, mas já é alvo há algum tempo de tarifas sobre o aço e o alumínio, bem como sobre os automóveis.

Neste contexto, Mark Carney reiterou que pretende acelerar o investimento no Canadá, eliminando as barreiras comerciais entre as províncias canadianas e facilitando a mobilidade da mão-de-obra.

"Não podemos controlar os Estados Unidos, não podemos controlar as decisões do presidente Trump, mas podemos controlar o que fazemos aqui neste país", vincou.

O primeiro-ministro, que sucedeu a Justin Trudeau no mês passado, convocou eleições parlamentares para 28 de abril, nas quais o seu Partido Liberal deverá agora vencer.

Os liberais estavam atrás nas sondagens no início do ano, mas recuperaram força graças à ofensiva comercial de Donald Trump, com os seus adversários conservadores a serem vistos como mais próximos do presidente norte-americano.

Leia Também: Homem detido por se barricar em bloco do parlamento do Canadá

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