"Andei hoje pela cidade e não encontrei um único lugar aberto", disse o lojista Fadi Saadi, de Belém, na Cisjordânia ocupada, em declarações à agência francesa de notícias AFP.
Muitas ruas estão desertas, com lojas, escolas e a maioria das administrações públicas fechadas na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
A greve foi convocada no domingo por uma coligação de vários movimentos políticos palestinianos --- incluindo os principais partidos rivais, Fatah e Hamas --- para "pôr fim ao genocídio e massacre em curso infligidos ao povo".
A coligação convocou uma greve "em todos os territórios palestinianos ocupados, nos campos de refugiados e entre aqueles que são solidários com a causa".
Em Ramallah, onde a Autoridade Palestiniana está sediada na Cisjordânia ocupada, os edifícios públicos estão encerrados, como constatou um jornalista da AFP.
Está previsto uma concentração para o final da manhã no centro desta cidade, onde se encontra a maioria dos ministérios da Autoridade Palestiniana, que exerce apenas uma autoridade limitada na Cisjordânia ocupada.
"Desta vez, o ataque é grave, e o empenho do público é importante porque a agressão israelita afeta agora todos os lares palestinianos, seja na Cisjordânia ou em Gaza", afirmou o coordenador dos movimentos em Ramallah, Issam Baker.
"Verificámos que existe apoio total à greve de hoje em toda a Cisjordânia, algo que não acontecia desde 07 de outubro" de 2023, quando começou a guerra em Gaza, confirmou uma fonte de segurança da Autoridade Palestiniana citada pela AFP.
Também em Jerusalém Oriental, zona da cidade onde vive a maioria dos palestinianos, ocupada e anexada por Israel desde 1967, estão encerradas a maioria das lojas.
A guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, a 07 de outubro de 2023, já causou a morte de pelo menos 918 palestinianos, incluindo muitos combatentes, mas também muitos civis, na Cisjordânia, segundo dados da Autoridade Palestiniana.
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