África precisa de "reformas ousadas" para aumentar comércio interno

O comércio entre os países africanos só aumentará significativamente se os governos apostarem em "reformas ousadas" na indústria, produtividade e PME, conclui a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) num relatório sobre o tema.

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Lusa
31/03/2025 08:04 ‧ há 2 dias por Lusa

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"São necessárias políticas industriais direcionadas, investimentos na capacidade produtiva e apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME), o que vai ajudar África a desenvolver cadeias de valor robustas em setores cruciais como o agroprocessamento, setor automóvel, farmacêutico e nas energias renováveis", lê-se no Relatório Económico sobre África (REA), divulgado na sequência da conferência dos ministros das Finanças africanos, que decorreu na capital da Etiópia, Adis Abeba.

 

Entre as recomendações do relatório, dedicado às medidas necessárias para o aproveitamento do acordo de comércio livre continental em África (AfCFTA, na sigla em inglês), defende-se a aceleração da simplificação dos procedimentos nas alfândegas e a adoção de tecnologias digitais.

Isto demonstra, diz a UNECA, a necessidade de mais investimentos na infraestruturas digital, como redes de banda larga, centros de dados e pontos de distribuição de internet.

Os decisores políticos, aponta-se ainda no relatório, devem fazer avançar o livre movimento de pessoas, bens e capital, e investir no desenvolvimento urbano sustentável para gerir os desafios da rápida urbanização de muitas cidades africanas, dois aspetos considerados como "um imperativo estratégico para os governos".

O acordo de livre comércio em África entrou em vigor no princípio de 2021, abrange um mercado com mais de 1.300 milhões de consumidores, e tem o potencial de aumentar o crescimento do comércio em, pelo menos, 53% e potencialmente duplicar o comércio intra-africano, retirando 30 milhões de africanos da pobreza extrema e aumentando os rendimentos de quase 68 milhões de outros.

As exportações intra-africanas representam cerca de 16% do comércio externo dos países africanos, em comparação com 55% na Ásia, 49% na América do Norte e 63% na União Europeia.

Leia Também: Costa do Marfim: 1.º país africano a emitir dívida externa em moeda local

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