"Esta é uma forma de interferência", disse, ministra da Igualdade de Género e Combate à Discriminação de França, Aurore Bergé, em entrevista ao canal BFM TV.
A governante classificou a carta como um "ultimato" e disse tratar-se de uma forma de "impor uma ordem", mas sublinhou que as empresas do país continuarão a respeitar as leis francesas, incluindo as políticas que promovem a igualdade e combatem a discriminação.
"Felizmente, as empresas francesas não querem alterar as regras do jogo", afirmou Aurore Bergé, lembrando ainda que os consumidores recompensam as empresas que seguem princípios éticos.
Não é apenas uma questão de "interesse comercial", disse, mas também de "valores" que devem ser defendidos ao nível europeu.
A carta recebida por vários grupos empresariais franceses destaca um decreto assinado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que proíbe todas as formas de ação afirmativa em favor da diversidade e da igualdade de género.
É uma política que "também se aplica obrigatoriamente a todos os fornecedores e prestadores de serviços do Governo dos Estados Unidos da América, independentemente da sua nacionalidade ou do país em que operam", referiu a carta, citada pelo jornal Le Monde.
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