Os ataques, adiantou a Al Masirah, atingiram a capital, Sana, onde oito ataques aéreos visaram o quartel de Al Sawad, localizado nos arredores a sul da cidade, uma zona conhecida por albergar posições militares estratégicas dos Hutis.
Outros 14 ataques atingiram os arredores da cidade de Saada, capital da província com o mesmo nome, bastião do movimento xiita no norte do país.
De acordo com a referida cadeia de televisão iemenita, um civil foi morto e outros quatro ficaram feridos nestes ataques.
Dois outros bombardeamentos atingiram o distrito de Sahar, perto da cidade.
Na província vizinha de Al Jawf, oito ataques aéreos tiveram como alvo o complexo governamental dos Hutis na capital provincial, Al Hazm.
Antes, quatro ataques aéreos atingiram o distrito de Majzar, na província de Marib, rica em petróleo e uma das principais frentes de batalha entre os Hutis e o governo reconhecido internacionalmente, apoiado pela coligação liderada pela Arábia Saudita.
O Comando Central do Exército dos EUA (CENTCOM) publicou um vídeo na sua conta na plataforma X mostrando imagens aéreas de um dos bombardeamentos contra uma posição dos Hutis.
O vídeo também mostra caças a descolar de um porta-aviões dos EUA.
Estes ataques seguem-se aos realizados pelos Estados Unidos depois da meia-noite de quinta-feira, com um total de 39 bombardeamentos, o maior número desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, ordenou o retomar da campanha militar contra os Hutis em meados de março.
Trump ordenou os bombardeamentos para travar a ameaça dos Hutis, apoiados militarmente pelo regime iraniano, e os seus ataques contra o transporte marítimo e o comércio internacional no Mar Vermelho e Mar Arábico.
Após Israel quebrar o cessar-fogo em Gaza a 18 de março, os rebeldes iemenitas ameaçaram retomar as suas operações até que cesse a ofensiva contra o Hamas no enclave.
Alegando agir em solidariedade com o Hamas, em guerra com Israel desde outubro de 2023, os Hutis, que controlam a capital e outras regiões no norte e oeste do Iémen desde 2015, começaram a atacar há mais de um ano território israelita e navios ligados a este país, usando 'drones' e mísseis nas águas do Mar Vermelho e do Golfo de Aden.
Israel tem respondido com vários ataques aéreos contra o Iémen, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido também realizaram bombardeamentos contra o país, argumentando que estão a proteger a navegação numa região vital para o comércio mundial.
Israel interceta regularmente mísseis lançados a partir do Iémen.
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