Nesta cidade suíça, idas a museus e parques são prescritas como terapia

Serão distribuídas 500 receitas para visitas gratuitas a quatro locais, incluindo três museus e o jardim botânico da cidade.

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Notícias ao Minuto
12/03/2025 17:53 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

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Desde o mês passado que os médicos na cidade de Neuchâtel, na Suíça, passaram a prescrever idas a museus, galerias de arte e parques como forma de tratamento para pessoas com doenças mentais ou doenças crónicas, por forma a promover a atividade física.

 

“Para as pessoas que, por vezes, têm dificuldades com a sua saúde mental, isto permite-lhes esquecer por um momento as suas preocupações, as suas dores, as suas doenças e passar um momento alegre de descoberta. Estou convencida de que, quando cuidamos das emoções das pessoas, permitimos que, de alguma forma, encontrem um caminho para a cura”, clarificou à agência Reuters Patricia Lehmann, uma das médicas que está a participar no projeto piloto.

O mesmo meio adiantou que serão distribuídas 500 receitas para visitas gratuitas a quatro locais, incluindo três museus e o jardim botânico da cidade.

Uma das prescrições foi dada a uma jovem de 26 anos diagnosticada com um esgotamento, que a Reuters encontrou no Museu de Arte e História de Neuchâtel.

“Penso que traz um pouco de luz à escuridão”, confessou, ainda que tenha pedido para permanecer anónima.

A ideia para o projeto piloto terá surgido na sequência de um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), datado de 2019, que explorava o papel das artes na promoção da saúde e no tratamento de doenças.

De facto, o encerramento dos museus durante a pandemia afetou o bem-estar das pessoas, considerou Julie Courcier Delafontaine, chefe do departamento de cultura da cidade.

“Foi um verdadeiro gatilho e ficámos convencidos de que a cultura era essencial para o bem-estar da humanidade”, afirmou.

Esta iniciativa será testada durante um ano e poderá ser alargada a outras atividades, como o teatro.

“Gostaríamos que este projeto vingasse e tivesse um número suficiente de pacientes para provar o seu valor e para que um dia, porque não, os seguros de saúde cubram a cultura como forma de terapia”, apontou Courcier Delafontaine.

Percorra a galeria.

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