"A junta de Kyiv, que sofre derrotas no campo de batalha todos os dias, está a tentar com estes métodos bárbaros demonstrar a sua capacidade de negociar a partir de uma posição de força", afirmou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
A Ucrânia lançou hoje um total de 337 'drones' contra várias regiões russas, o maior ataque com drones desde o início da guerra por ambas as partes, matando três pessoas na região de Moscovo e ferindo cerca de 20 outras, segundo as autoridades locais.
O ataque ocorreu horas antes do início de conversações na Arábia Saudita entre delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos sobre a eventual negociação de uma trégua com a Rússia.
Para a diplomacia russa, "não há dúvida de que este ataque com 'drones' foi planeado previamente e está relacionado com a reunião entre a Ucrânia e os Estados Unidos sobre a resolução do conflito, agendada para hoje na Arábia Saudita".
Moscovo acusou ainda Kyiv de tentar transmitir "um sinal peculiar ao secretário-geral da OSCE [Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa], Feridun Sinirlioglu", em visita oficial à capital russa.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros considerou que a Ucrânia demonstrou "mais uma vez a sua essência terrorista de cobarde", com o ataque maciço com 'drones'.
"A culpa deste ataque terrorista é claramente dos países que, de forma obstinada e irresponsável, continuam a fornecer armas letais à camarilha governamental de Kyiv, permitindo-lhe assim cometer atos tão sangrentos", acrescentou a diplomacia russa.
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