Rússia acusa Kyiv de tentar negociar a partir de uma "posição de força"

A Rússia acusou hoje a Ucrânia de tentar demonstrar as suas capacidades de negociação com base numa "posição de força" através do maior ataque com 'drones' desde o início da guerra, espoletada em 2022 pela invasão russa.

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Lusa
11/03/2025 18:44 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"A junta de Kyiv, que sofre derrotas no campo de batalha todos os dias, está a tentar com estes métodos bárbaros demonstrar a sua capacidade de negociar a partir de uma posição de força", afirmou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.

 

A Ucrânia lançou hoje um total de 337 'drones' contra várias regiões russas, o maior ataque com drones desde o início da guerra por ambas as partes, matando três pessoas na região de Moscovo e ferindo cerca de 20 outras, segundo as autoridades locais.

O ataque ocorreu horas antes do início de conversações na Arábia Saudita entre delegações da Ucrânia e dos Estados Unidos sobre a eventual negociação de uma trégua com a Rússia.

Para a diplomacia russa, "não há dúvida de que este ataque com 'drones' foi planeado previamente e está relacionado com a reunião entre a Ucrânia e os Estados Unidos sobre a resolução do conflito, agendada para hoje na Arábia Saudita".

Moscovo acusou ainda Kyiv de tentar transmitir "um sinal peculiar ao secretário-geral da OSCE [Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa], Feridun Sinirlioglu", em visita oficial à capital russa.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros considerou que a Ucrânia demonstrou "mais uma vez a sua essência terrorista de cobarde", com o ataque maciço com 'drones'.

"A culpa deste ataque terrorista é claramente dos países que, de forma obstinada e irresponsável, continuam a fornecer armas letais à camarilha governamental de Kyiv, permitindo-lhe assim cometer atos tão sangrentos", acrescentou a diplomacia russa.

Leia Também: UE "concorda que matança deve parar", mas acusa Rússia de não querer paz

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