Mike Waltz já havia referido, antes da tomada de posse do presidente, que iria tentar transferir os funcionários públicos do Conselho de Segurança Nacional que trabalharam durante a administração do antigo presidente Joe Biden para as suas agências de origem, segundo a agência noticiosa AP.
O objetivo de Waltz passa por compor um Conselho de Segurança Nacional "mais eficiente e mais plano", por trabalhadores que apoiem Donald Trump, segundo um membro da administração.
O Conselho de Segurança Nacional foi criado em 1947 como um braço da Casa Branca (presidência norte-americana) durante o mandato do antigo presidente Harry Truman, com objetivo de aconselhar o presidente norte-americano em matéria de segurança nacional e de política externa, bem como coordenar as várias agências governamentais.
Os responsáveis da administração republicana informaram que já iniciaram a integração de funcionários com conhecimentos especializados valorizados pela nova administração, alguns dos quais serviram durante a primeira administração de Trump, entre 2017 a 2021.
Alguns diretores já informaram os trabalhadores de que serão transferidos para as agências federais a que estavam afetados, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a mudança, mas que não estavam autorizadas a falar publicamente.
"O conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, prometeu e autorizou uma revisão completa do pessoal do Conselho de Segurança Nacional", disse o porta-voz do órgão, Brian Hughes, num comunicado.
"É inteiramente apropriado para Waltz garantir que o pessoal do Conselho de Segurança Nacional esteja comprometido com a implementação da agenda 'America First' ('América em Primeiro') do presidente Trump para proteger a nossa segurança nacional e usar sabiamente os dólares dos impostos dos homens e mulheres trabalhadores da América", afirmou Hughes.
As dezenas de funcionários afetados pela decisão são, em grande parte, especialistas que trabalhavam originalmente em agências federais como o Departamento de Estado, o FBI (polícia federal norte-americana) e a CIA (serviços secretos norte-americanos), antes de serem destacados pela Casa Branca.
Os novos altos funcionários da administração de Donald Trump também questionaram este mês alguns funcionários públicos sobre em quem haviam votado nas eleições de 2024, as suas contribuições políticas e se haviam feito publicações nas redes sociais que pudessem ser consideradas incriminatórias pela equipa de Trump, disse uma fonte à AP sob condição de anonimato.
Não é incomum que os especialistas afetos ao Conselho de Segurança Nacional transitem de uma administração para a outra, mesmo quando um novo presidente, de um partido diferente, chega à Casa Branca.
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