"Ajudou-me". Jovem faz funeral para braço amputado devido a cancro raro

A jovem, que apontou que esta foi "sem dúvida a experiência mais única” pela qual passou, confessou que "o que começou por ser uma brincadeira" acabou por ajudá-la a "processar a finalidade desta situação".

NotíciaVídeo

© semibionicbarbie

Notícias ao Minuto
17/01/2025 22:39 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Uma jovem de 22 anos que, em 2021, foi diagnosticada com um sarcoma sinovial de estadio 3, um tipo raro de cancro dos tecidos moles, levou a cabo um funeral para o braço que foi obrigada a amputar.

 

Eldiara, cujo braço foi amputado em outubro do ano passado, publicou um vídeo da cerimónia na quarta-feira, na rede social TikTok, ao qual poderá assistir na galeria acima.

“Não parecia nada a minha mão, era nojenta, fria e dura. Parecia uma estátua de cera não curada”, detalhou, em resposta a um comentário deixado por um internauta.

Já na quinta-feira, a jovem, que apontou que esta foi “sem dúvida a experiência mais única” pela qual passou, confessou que “o que começou por ser uma brincadeira” ajudou-a a “processar a finalidade desta situação”.

“O que começou por ser uma brincadeira - realizar uma cerimónia pelo meu braço amputado - acabou por ser uma experiência maravilhosamente catártica. Ri-me do absurdo da situação durante um minuto e depois fiquei a olhar para a pele enrugada durante algum tempo, tentando recordar os últimos 22 anos que passei com esta coisa. Segurei muitas mãos, senti a pele de entes queridos, apanhei aranhas para levar para a rua, salvei minhocas no passeio, limpei lágrimas, fiz festas a cães e apanhei muitos dentes-de-leão. Toquei piano, guitarra, ukulele, um ato que nunca mais vou poder fazer”, escreveu, na rede social Instagram.

Eldiara admitiu que, a dado momento, compreendeu que também aquele membro foi “vítima” do cancro e “que fez o derradeiro sacrifício” por si.

“Brinco que o meu braço tentou matar-me, mas depois de olhar para ele na mesa, vendo as cicatrizes que acumulou ao longo dos anos, percebi que também ele foi apenas uma vítima desta doença e que fez o derradeiro sacrifício em meu nome. O cancro tirou-me muito, e continua a tirar, e é muito difícil dizer adeus a um membro como este, mas esta experiência ajudou-me a processar a finalidade desta situação”, complementou.

A jovem teceu ainda agradecimentos à agência funerária, que se mostrou “tão complacente com um pedido tão pouco convencional”, uma vez que trataram o braço “com o mesmo respeito com que tratariam um ente querido”.

“Pintaram-lhe as unhas e animaram-lhe a pele, deram-lhe uma almofada para descansar e um cobertor para o deixar confortável. Ninguém está preparado para saber como lidar com uma situação tão devastadora, mas acho que escolhi o caminho certo. Estou infinitamente grata pelos meus entes queridos que se dispuseram a ir comigo ao meu próprio funeral”, disse.

Numa nota final, Eldiara dirigiu-se ao próprio braço: “Estou feliz por ter podido dizer obrigada e adeus. Lamento que isto nos tenha acontecido, mas serviste-me bem. Obrigada pelas boas recordações, pela dor e por toda a alegria.”

Leia Também: Idosa de 124 anos partilha segredos para a longevidade (e incluem banha)

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas