Pelo menos um cidadão com nacionalidade portuguesa e dois com ligações ou eventuais ligações a Portugal, feitos reféns em Gaza desde outubro de 2023, poderão ser libertados este domingo, disse à Lusa fonte do Governo.
"Até este momento, com a informação disponível, temos um cidadão com nacionalidade portuguesa e dois com ligações ou eventuais ligações a Portugal confirmados na lista de reféns", adiantou a mesma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
O executivo ressalva que estas informações estão "sujeitas a eventual retificação".
A libertação de reféns, levados para a Faixa de Gaza na sequência dos ataques do Hamas, em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, a partir de domingo, faz parte do acordo de cessar-fogo alcançado esta semana entre Israel e o movimento islamita palestiniano.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje ter "chegado a um acordo sobre a libertação dos reféns" detidos na Faixa de Gaza, depois de, na quinta-feira, ter acusado o Hamas de recuar em pontos do compromisso.
O acordo ainda terá de ser aprovado pelo gabinete de segurança e pelo Governo israelita, mas segundo o gabinete de Netanyahu, a libertação dos reféns pode acontecer como planeado.
"Os [primeiros] reféns serão libertados o mais cedo possível. Domingo", sublinhou.
O acordo, anunciado na quarta-feira pelos mediadores Estados Unidos e Qatar, ficou suspenso depois de Israel ter acusado o Hamas de recuar em algumas das medidas e de vários ministros da coligação governamental israelita terem ameaçado demitir-se se as tréguas fossem concretizadas.
Alcançado após meses de negociações indiretas, o acordo será dividido em três fases.
A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.
A segunda fase envolverá a distribuição de ajuda humanitária "segura e eficaz" a grande parte da Faixa de Gaza e a realização de reparações em instalações de saúde, além do envio para o enclave de mantimentos e combustível.
Os pormenores sobre a segunda e terceira etapas do acordo serão divulgados assim que a primeira fase for certificada.
Israel lançou a sua ofensiva contra Gaza após os ataques realizados a 07 de outubro de 2023 que fizeram quase 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.
Desde então, mais de 46.700 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, de acordo com as autoridades do enclave, controladas pelo Hamas.
Também foram mortas mais de 850 pessoas pelas forças de segurança israelitas e em ataques de colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
[Notícia atualizada às 12h47]
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