Rússia garante que vai responder a ataque ucraniano com mísseis dos EUA

A presidência russa (Kremlin) garantiu hoje que o exército "responderá obrigatoriamente" ao ataque ucraniano de quarta-feira, que teve como alvo, segundo Moscovo, um campo de aviação militar russo e usou mísseis ATACMS norte-americanos.

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© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Lusa
12/12/2024 10:31 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

 "Seguir-se-á uma resposta: será no momento e da forma que for considerada apropriada", assegurou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

 

Este é o quarto ataque do ATACMS (de longo alcance e telecomandado) contra território russo confirmado pelas autoridades deste país.

Como resultado da queda de fragmentos de mísseis, houve vítimas entre os militares do aeródromo, indica o comunicado.

Kiev lançou pela primeira vez estes mísseis contra alvos em território russo a 19 de novembro, ao que Moscovo respondeu disparando, dois dias depois, um novo míssil balístico hipersónico Oreshnik (Hazel) contra uma fábrica militar ucraniana.

Já na quarta-feira, o exército russo tinha acusado as forças ucranianas de terem usado mísseis norte-americanos ATACMS num ataque contra um aeródromo em Taganrog, na região de Rostov, sul da Rússia, tendo de imediato prometido "uma resposta".

"Foi estabelecido com certeza que foram utilizados seis mísseis balísticos ATACMS de fabrico norte-americano", afirmou na altura o Ministério da Defesa russo.

O ministério disse que dois dos mísseis foram abatidos e os restantes "desviados por equipamento de guerra eletrónica".

A Ucrânia anunciou ter atacado um terminal petrolífero na região fronteiriça russa de Bryansk, mas não informou sobre o ataque ao aeródromo em Taganrog.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu os ataques ucranianos em solo russo com armas ocidentais como uma "linha vermelha" e avisou o Ocidente que poderia usar os novos mísseis contra os aliados da Ucrânia na NATO que autorizassem Kiev a usar os seus mísseis de longo alcance para atacar território da Rússia.

Leia Também: Presidente russo ordena proteção de infraestruturas críticas

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