Companhias são alheias a indemnizações em fecho de aeroporto, diz RENA

A Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA) disse hoje que, em casos de encerramento do aeroporto, como aconteceu hoje em Heathrow, Londres, as transportadoras são alheias ao sucedido, para efeitos de indemnização aos passageiros.

Notícia

© Getty Images

Lusa
21/03/2025 16:18 ‧ há 6 horas por Lusa

Economia

RENA

"Ainda não se sabe bem o que se passou, mas teoricamente, em casos de encerramento de infraestruturas aeroportuárias, a companhia aérea é totalmente alheia ao sucedido", esclareceu o presidente da RENA, Paulo Geisler, em resposta escrita à Lusa, relativamente a eventuais compensações aos passageiros pelo cancelamento de voos devido ao encerramento do aeroporto londrino de Heathrow.

 

Aquele aeroporto, o maior da Europa em termos de tráfego de passageiros, anunciou durante a madrugada o encerramento até às 23:59 de hoje para "garantir a segurança de passageiros e colegas", devido à falta de eletricidade causada por um incêndio numa subestação elétrica próxima.

O encerramento temporário do aeroporto afetou mais de 1.350 voos e cerca de 290.000 passageiros.

O aeroporto de Lisboa cancelou 18 das 22 partidas e chegadas de voos de e para o aeroporto londrino de Heathrow previstas para hoje, de acordo com o portal da operadora do aeroporto na Internet.

A congénere espanhola da RENA, a ALA, considerou o incêndio que obrigou ao encerramento de Heathrow uma circunstância "extraordinária" e, por isso, as companhias aéreas não são obrigadas a indemnizar os passageiros afetados, embora prestem assistência com alojamento e alterações de voos, avançou a agência de notícias EFE.

De acordo com a legislação europeia em matéria de direitos dos passageiros aéreos, disponível nos 'sites' oficiais da União Europeia e entidades competentes do setor da aviação, em caso de cancelamento de voo com menos de 14 dias de antecedência, o passageiro "não tem direito a nenhuma indemnização se a transportadora aérea provar que o cancelamento do voo se ficou a dever a circunstâncias extraordinárias que não poderiam ter sido evitadas mesmo se tivessem sido tomadas todas as medidas razoáveis".

Entendem-se como "circunstâncias extraordinárias" aquelas que podem levar a vários cancelamentos ou atrasos na chegada ao destino final, como por exemplo as decisões de gestão do tráfego aéreo, a instabilidade política, as condições meteorológicas adversas ou os riscos para a segurança

Leia Também: Eletricidade restabelecida no aeroporto londrino de Heathrow

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas