"O impacto na rede elétrica mantém-se, registando-se às 19h30 menos de mil clientes por alimentar. Trata-se de casos de baixa tensão, de mais difícil acesso e que requerem maiores recursos de maquinaria", pode ler-se, na mais recente nota divulgada pela empresa.
A E-Redes sublinhou ainda que, devido à "complexidade da situação e da manutenção das condições climatéricas" não é possível à distribuidora "adiantar uma hora exata para a reposição integral".
"Mas a expectativa é de que se consiga resolver tudo com a máxima brevidade", acrescentou.
De um pico de clientes afetados a nível nacional, devido à passagem da tempestade Martinho, nomeadamente 185 mil clientes, pela 1h de quinta-feira, a empresa refere ter "evoluído na reposição", pelo que pela 1h de hoje a afetação era só de dois mil clientes e, pelas 12h30 de hoje, cerca de mil clientes.
De acordo com a empresa este universo esteve pendente de intervenções na rede de baixa tensão "maioritariamente concentrados em Coimbra, Leiria, área metropolitana de Lisboa e Setúbal.
A Proteção Civil registou hoje, entre a meia-noite e as 12 horas, um total de 185 ocorrências associadas à passagem da depressão Martinho em Portugal continental, maioritariamente queda de árvores, que ocorreram sobretudo na Grande Lisboa e Península de Setúbal.
Estas 185 ocorrências juntam-se às 8.600 situações registadas nos últimos dois dias, mais precisamente entre a meia-noite de quarta-feira e as 22 horas de quinta-feira, relacionadas com as condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes.
Os avisos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) prologam-se até à meia-noite de domingo.
A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.
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