Na carta, a que a Lusa teve acesso, a CT solicita ao ministro "a consideração da aplicação do preceito constitucional regulamentado em Lei do Trabalho, que permite assento aos trabalhadores, na qualidade de administradores não executivos na Administração na CGD para o mandato 2025-2028, cujo processo a CT da CGD tem conhecimento ter sido aberto e estar em curso".
"Perante as declarações produzidas pelo CEO da CGD sobre as matérias referentes ao mandato em questão à comunicação social no mês de dezembro de 2024, bem como a cessação do mandato precedente, que requer a propositura de novo Conselho de Administração para o banco do Estado, a matéria em epigrafe passou a ser um assunto de importância acrescida e importante para os trabalhadores da CGD", indicaram.
Na carta, os trabalhadores da CGD disseram que "continuam ser parte da solução e nunca foram nem são força de obstrução ou de bloqueio à gestão indigitada pelo Governo, contudo têm sempre alguns contributos a manifestar e matérias a acompanhar, no que concerne a governação da empresa e aos caminhos que respeitam ao seu futuro, que decorrem da legislação em vigor e da sua qualidade de parte interessada nesse desígnio".
Segundo a CT, "esta evidente necessidade de participar internamente, como importantes agentes de concórdia e de acréscimo de produtividade e resultados, adicionando à gestão soluções e coesão interna, tal como se verifica e atesta noutros países da União Europeia, sem dúvida contribuem para projetar a CGD no futuro".
Assim, a Comissão de Trabalhadores da CGD pediu à tutela "uma análise e consequente decisão sobre o assunto contribuindo para o empenho dos trabalhadores e a sua apologia na defesa e sustentabilidade da CGD pública, sendo este importante como catalisador de paz social".
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