Ferro evoca "pessoa extraordinária" e "muito à frente do seu tempo"

O antigo presidente da Assembleia da República Ferro Rodrigues evocou hoje o ex-ministro João Cravinho como "uma pessoa extraordinária e muito à frente do seu tempo", que nunca cedeu nos princípios éticos nem a quem tentava mandar nele.

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© Flickr/ Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata

Lusa
16/04/2025 19:31 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

João Cravinho

Eduardo Ferro Rodrigues falou hoje à agência Lusa sobre a morte do ex-ministro João Cravinho, relembrando-o com "enorme pesar e muita saudade".

 

"Era uma pessoa extraordinária, muito à frente do seu tempo", elogiou.

Segundo o antigo secretário-geral do PS, João Cravinho não só "tratava excecionalmente bem os que dependiam dele, os que trabalhavam para ele", como "era capaz de erguer a sua voz para aqueles que julgavam ou pretendiam ter algum poder sobre ele".

Destacando a dimensão da ética e dos princípios de João Cravinho, Ferro Rodrigues afirmou que, "quando se tenta transpor os princípios éticos para princípios éticos de grandes organizações como são os partidos, os ministérios, o Estado" há um confronto "com grandes obstáculos e dificuldades porque há sempre a necessidade de agradar ao eleitorado ou ao partido".

"E ele fez sempre o possível por não ceder, foi sempre uma pessoa implacável para si próprio e para os que mandavam a tentar mandar nele", elogiou.

O antigo presidente do parlamento recordou que conhecia João Cravinho desde "muito antes do 25 de abril", quando em 1971 foi trabalhar "sobre a sua direção no Grupo de Estudos Básicos de Economia Industrial (GEBEI), recordando a capacidade de liderança "absolutamente extraordinária" do ex-ministro do PS.

"Depois vivemos o 25 de abril em enorme solidariedade e emoção. Ainda me lembro que na manhã do 25 de Abril foi para o GEBEI que me dirigi, eu e a minha mulher, a Mena, que nos tínhamos conhecido exatamente no GEBEI", lembrou, considerando que Cravinho foi uma "espécie de padrinho" para si e para a sua mulher.

Ferro Rodrigues sublinhou "o papel importantíssimo" que Cravinho teve na sua "formação, não apenas política, mas cívica".

"Tivemos na maior parte dos tempos de acordo, mas também tivemos muitas divergências", referiu ainda, deixando claro que sempre que houve divergências tudo decorreu "com uma enorme convivialidade, enorme simpatia e enorme amizade" que sempre os ligou.

O antigo ministro socialista João Cravinho morreu hoje, aos 88 anos, disse à agência Lusa fonte do PS.

João Cravinho foi ministro ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território no XIII Governo Constitucional, chefiado por António Guterres, e ministro da Indústria e Tecnologia no IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves.

O seu filho, João Gomes Cravinho, foi ministro da Defesa e dos Negócios Estrangeiros em executivos liderados por António Costa.

Leia Também: "Político multifacetado" e "referência". As reações à morte de Cravinho

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