"É uma aposta e é um investimento, porque investir na educação é a melhor garantia que teremos de um futuro na região de jovens que queremos que sejam ativos e possam contribuir para o desenvolvimento de toda a nossa Madeira", afirmou o cabeça de lista do PS às regionais do próximo dia 23, Paulo Cafôfo.
O candidato e presidente do PS/Madeira falava numa ação de campanha na creche do Convento de Santa Clara, no Funchal, um espaço que Cafôfo frequentou quando era criança.
O cabeça de lista socialista salientou que o partido "tem na educação um eixo central nas suas políticas", apontando que "os pais querem dar a melhor educação aos seus filhos, mas essa educação por vezes tem alguns constrangimentos, principalmente financeiros".
"Nós temos uma classe média que acaba por ter enormes dificuldades, porque a nossa região tem um custo de vida bastante elevado e há pais que querem dar uma melhor educação aos seus filhos e não conseguem, porque uma creche tem um valor elevado, uma propina tem um valor elevado", sustentou.
O presidente do PS/Madeira, o maior partido da oposição, reafirmou também a necessidade de recuperar a região da instabilidade causada pelo PSD e pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, defendendo que, para isso, "é preciso concentrar votos no Partido Socialista e dar força ao Partido Socialista".
"Miguel Albuquerque e o PSD não foram capazes, ao longo deste ano e meio, de garantir essa estabilidade. Continuar com o Miguel Albuquerque é continuar no caos, porque o processo judicial que pende sobre o Miguel Albuquerque terá desenvolvimentos. E julgo que ninguém quer que a região esteja continuadamente aprisionada a um presidente que tem de responder perante a justiça", disse.
Estas legislativas, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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