A Iniciativa Liberal anunciou, esta terça-feira, que o partido vai sozinho na corrida às próximas eleições legislativas, mas o líder do partido, Rui Rocha, mostrou-se disponível para se aliar ao PSD e a outros partidos à Direita, numa espécie de geringonça, para governar o país depois das eleições, mesmo que o PS vença.
"Creio que não há outra solução para o país. Não podemos continuar com ciclos curtos de governação e estaremos disponíveis para negociar. A Esquerda não deve governar pelas más decisões que tomou na última década, não faz nenhum sentido que a Esquerda possa governar", revelou Rui Rocha em entrevista à SIC Notícias.
Ao considerar esta hipótese de coligação pós-eleitoral, a Iniciativa Liberal assume-se como um partido "responsável".
"Não creio que seja possível continuarmos em ciclos curtos de governação. A IL, com essa visão de ambição para o país e de compromisso, estará disponível para arranjar uma solução governativa para o país com ambição, exigência e responsabilidade. A IL nunca viabilizará uma solução de Esquerda, liderada pelo PS. Conhecemos a governação socialista durante oito anos e sabemos que é responsável por muitos dos problemas atuais do país. A IL pode negociar um acordo de incidência parlamentar que crie critérios", explicou o líder da Iniciativa Liberal.
No entanto, o liberal afirmou que tem ficado sempre claro, nos contactos que teve com a direção do PSD, que o partido se apresentaria na corrida às eleições, numa fase pré-eleitoral, "em qualquer circunstância, sozinho".
"Além da visão que temos para o país ser diferente, creio que é preciso entrarmos numa fase de regeneração da cultura partidária. Há um voto que transforma o país e é responsável", acrescentou.
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