Madeira. Lista do PSD com três arguidos entre os primeiros 24 candidatos

O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, também presidente do Governo Regional, é o cabeça de lista social-democrata às eleições regionais antecipadas de 23 de março, anunciou hoje o partido, sendo que a lista inclui três candidatos que são arguidos.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
05/02/2025 20:21 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

Madeira

"A comissão política aprovou hoje, por unanimidade, a sua lista de candidatos, uma lista que engloba e mobiliza os 11 concelhos da região e que é, no entender desta comissão política, aquela que melhor representa e defenderá, no quadro da Assembleia Legislativa Regional, os interesses e direitos de todos os madeirenses", afirmou o secretário-geral do PSD/Madeira.

 

José Prada, que é o número dois da lista, falava após a reunião da comissão política do PSD/Madeira, que decorreu na sede do partido, no Funchal.

Entre os primeiros 24 candidatos social-democratas, três são arguidos em processos que investigam suspeitas de corrupção na Madeira, nomeadamente Miguel Albuquerque, constituído arguido em janeiro de 2024.

José Prada e Carlos Teles, atual presidente da Câmara Municipal da Calheta e número nove da lista, também foram constituídos arguidos, em setembro de 2024, no âmbito da operação AB INITIO.

"Nesta lista, o candidato a presidente do Governo [Regional] é o Dr. Miguel Albuquerque e os restantes são candidatos a deputados", esclareceu o secretário-geral, após ter nomeado os 30 primeiros nomes, entre os quais constam os presidentes das câmaras municipais de Câmara de Lobos, Leonel Silva (12.º), da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento (14.º), e de São Vicente, José António Garcês (17.º).

Ricardo Nascimento e José António Garcês, bem como o autarca da Calheta, Carlos Teles, atingiram o limite máximo de três mandatos à frente dos respetivos municípios, pelo que estão impedidos de se recandidatar nas eleições autárquicas deste ano.

A lista do PSD/Madeira inclui nos 30 primeiros lugares representantes de todas as estruturas do partido, designadamente a Juventude Social-Democrata, Trabalhadores Social-Democratas, núcleo de emigrantes e Autarcas Social-Democratas, e respeita o princípio da paridade, com 11 mulheres.

O Governo Regional minoritário do PSD foi derrubado em 17 de dezembro de 2024 com a aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega, que a justificou com as diferentes investigações judiciais envolvendo o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, e quatro secretários regionais, todos constituídos arguidos. Entretanto, o inquérito de um deles -- Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura - foi arquivado pelo Ministério Público.

A aprovação da moção de censura, inédita no arquipélago, implicou, segundo o respetivo o Estatuto Político-Administrativo, a demissão do Governo Regional, constituído em 06 de junho do mesmo ano, que permanecerá em funções até à posse do novo executivo.

Face a esta situação política, e depois de convocar o Conselho de Estado, em 17 de janeiro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a decisão de dissolver o parlamento madeirense e convocar novas eleições regionais antecipadas em 23 de março -- o terceiro sufrágio em cerca de um ano e meio.

O parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, sendo atualmente 19 do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com os social-democratas, um da IL e um do PAN.

Leia Também: Miguel Albuquerque manifesta apoio à candidatura de Marques Mendes

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