Lei marcial na Coreia do Sul é "tolice" e "cacofonia constitucional"

O antigo responsável pela pasta da Defesa José Azeredo Lopes mostrou-se positivo após o fim do episódio de tensão desta terça-feira na Coreia do Sul, onde foi decretada lei marcial.

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Teresa Banha
03/12/2024 23:43 ‧ há 4 semanas por Teresa Banha

Política

Coreia do Sul

O antigo ministro da Defesa José Azeredo Lopes comentou o episódio de tensão que marcou, esta terça-feira, a Coreia do Sul, após lei marcial ser decretada pelo presidente do país.

 

Questionado sobre se ainda havia motivos para preocupação, tendo em conta os posicionamentos da comunidade internacional, o antigo ministro apontou que "o motivo da preocupação é isto tudo ter acontecido".

Após a lei marcial ter andando 'para a trás a e para a frente' e acabar revogada, a situação permite agora "antever um regresso à normalidade", disse Azeredo Lopes no seu espaço de comentário à CNN Portugal.

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Notícias ao Minuto | 16:35 - 03/12/2024

"Desde que este presidente iniciou funções, tem havido pouca coisa normal. Tem um historial interessante", apontou, dando conta de que ganhou com menos de 1% de vantagem e "numa altura em que sendo ele que tem mais competências executivas, vai lidar sempre com um parlamento onde está em minoria. O partido que ele representa, o PPP, conservador, está em minoria parlamentar".

O antigo responsável pela pasta da Defesa, lembrou ainda que a votação contra a lei marcial foi "esmagadora" por parte do parlamento.

"A Coreia do Sul é muito importante para nós. É a grande aposta, o grande amor dos Estados Unidos, que têm lá estacionados 28 mil militares por causa do vizinho do norte", lembrou, reforçando: "É, naquele Mar Amarelo, uma peça e sustentação fundamental da posição dos EUA. Não gosto muito de dizer do Ocidente, mas das democracias que ali procuram de alguma maneira conter aquela que é interpretada cada vez mais como a ameaça chinesa".

Quanto à situação, Azeredo Lopes considerou que não havia grande explicação para a lei marcial. "É uma tolice completa. A ideia de forças a favor da Coreia do Norte", atirou, referindo ainda que a situação era "um bocadinho perturbadora", dado o estado em que o mundo está.

"Só nos faltava agora a Coreia do Sul, que tem a vantagem de raramente ser notícia, ser agora notícia por uma espécie de cacofonia constitucional", atirou, lembrando que o presidente "decidiu algumas horas depois dizer que, afinal, vai levantar esta tolice - é uma autêntica tolice".

Leia Também: NATO avisa Coreia do Norte para não "tirar partido" de situação em Seul

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