Montenegro desafia PS a acompanhar "regime de retorno mais ágil"

O primeiro-ministro desafiou hoje o PS a acompanhar um "regime de retorno mais ágil" de imigrantes ilegais aos países de origem, depois de o CDS-PP ter considerado que os socialistas fizeram um "mortal encarpado à direita" na imigração.

Notícia

© REUTERS/Pedro Nunes

Lusa
05/02/2025 18:10 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Imigração

Luís Montenegro aproveitou o período de respostas ao CDS-PP durante o debate quinzenal para deixar "um desafio ao parlamento e em particular ao Partido Socialista".

 

Uma vez que existem "muito mais coisas em concordância nesta política, era importante que houvesse condições no parlamento para cumprir dois objetivos que foram negados quando o PS não tinha esta posição".

Luís Montenegro questionou o PS se está "em condições de ultrapassar as objeções que tinha" e acompanhar "um regime de retorno mais ágil daqueles que estão em condição ilegal".

O desafio estendeu-se também à criação da Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP.

Defendendo que "faz falta para executar a política que o PS hoje defende", o primeiro-ministro questionou se os socialistas estão disponíveis "para poder vir a aprovar na orgânica da PSP esta constituição".

"São duas questões que merecem resposta e uma apreciação responsável por parte do PS", defendeu.

Montenegro saudou a posição mais recente do PS sobre imigração e considerou "é muito importante" para "dar uma previsibilidade e durabilidade às políticas na área da imigração, para poder acolher melhor, para poder dignificar mais os processos de integração e para poder valorizar mais a capacidade de trabalho das pessoas que procuram" Portugal.

Na resposta ao líder parlamentar centrista, o chefe do executivo PSD/CDS-PP disse também que o plano de ação para agilizar a conclusão dos 400 mil processos pendentes de regularização de imigrantes "já tem 80% das suas medidas em execução".

"Já foram notificadas 417 mil pessoas e 215 mil já foram atendidas, o processo já chegou ao fim para 8 mil e prevemos agora um aumento exponencial nos próximos tempos neste domínio", acrescentou.

Luís Montenegro indicou também que a estrutura de missão tem atualmente "450 colaboradores, mais 150 advogados, número que vai ser duplicado brevemente".

No debate quinzenal, na Assembleia da República, o líder parlamentar do CDS-PP  afirmou que a "lei da imigração foi um dos sacrifícios que António Costa fez ao altar da geringonça".

"O PS cedeu à extrema-esquerda em toda a linha e ignorou o consenso nacional que existia em Portugal relativamente à lei dos estrangeiros, e este é um triste retrato da incapacidade e da irresponsabilidade do PS quando decidiu brincar ao mundo sem fronteiras e ignorar o descalabro que existiu e que assistimos depois disso", considerou.

Paulo Núncio deu as "boas-vindas à realidade" ao PS, e disse que os socialistas fizeram um "salto mortal encarpado à direita".

O vice-presidente do CDS-PP afirmou também, quanto às propostas apresentadas pelos socialistas para a imigração, que "as ideias boas não são originais e as ideias originais não são boas".

Questionado ainda sobre a NATO, o primeiro-ministro considerou que Portugal está "mal na fotografia", porque entre 2021 e 2023 reduziu a "despesa de defesa de 1,52% do PIB para 1,34%".

"Isto não dá credibilidade aos compromissos que assumimos e, por isso, nós apresentámos um objetivo novo de atingir os 2% em 2029", indicou, apontando que defendeu no Conselho Europeu que tal se faça "numa perspetiva de bloco", através de "instrumentos de financiamento coletivos".

Leia Também: Montenegro avisa que EUA são aliados e recusa "inquinar política externa"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas