Um grupo de seis jovens belgas, que passou uns dias de férias em Itália, garante ter sofrido uma agressão sexual em grupo na Piazza del Duomo, na cidade de Milão, durante a passagem de ano.
No regresso ao seu país, os amigos – quatro raparigas e dois rapazes -, de 20 anos, denunciaram aos meios de comunicação social belgas o ataque e o caso tomou proporções internacionais. Tanto que, segundo o Corriere della Sera, as autoridades italianas já avançaram com uma investigação.
Os jovens dizem ter sido cercados "por um grupo entre 30 a 40 homens", alegadamente oriundos do Norte de África, que os "apalparam por cima e baixo da roupa", durante cerca de "10 minutos", "20 minutos" depois da meia noite, palavras estas que devem ser repetidas, nas próximas horas, segundo a publicação italiana, às autoridades belgas.
Entretanto, em Itália, as autoridades passam a pente fino todos os vídeos da noite captados pelas câmaras de videovigilância instaladas nas imediações, na esperança de encontrar vestígios das agressões e dos suspeitos.
Os investigadores querem confirmar "alguns detalhes do depoimento" das alegadas vítimas, entre os quais a afirmação de uma das jovens que relatou ter pedido ajuda a "uma polícia que desatou a chorar dizendo que estava indefesa face àquela situação".
Recorda o Corriere della Sera que mais de 25 mil pessoas passaram a passagem de ano na Piazza del Duomo, sob vigilância de 880 agentes.
Em 2022, ocorreu uma situação semelhante na mesma praça, também durante as comemorações de fim de ano. Na altura, cerca de 30 homens atacaram duas jovens "em matilha". Estas caíram até no chão, "sobre cacos de vidro", mas nem assim, "ensanguentadas", deixaram de ser agredidas. "Arremessaram-as de um lado para o outro como se fosse bolsas ou telemóveis", foi dito na altura em tribunal, segundo os meios de comunicação italianos.
Dois homens, de 20 e 19 anos, acabaram condenados a três anos e 10 meses de prisão e quatro anos e 10 meses de prisão.
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