Tribunal manda internar homem. Partilhou conteúdo pornográfico de criança

O Tribunal da Feira condenou hoje a uma medida de segurança de internamento pelo período máximo de 10 anos e oito meses um homem, de 32 anos, por ter partilhado imagens com conteúdo pornográfico de uma criança, sua familiar.

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Lusa
08/01/2025 13:19 ‧ há 17 horas por Lusa

País

Feira

O arguido, que se encontra em prisão preventiva, estava acusado de quatro crimes de abuso sexual de crianças agravado e 13 crimes de pornografia de menores agravados, por factos ocorridos desde agosto de 2020 em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro.

 

Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse que a maioria dos factos foi dada como provada, mas o tribunal considerou que o arguido era inimputável, tendo em conta os relatórios periciais, absolvendo-o por isso de todos os crimes.

O coletivo de juízes entendeu ainda que existe o perigo de o arguido vir a praticar os mesmos crimes no futuro, condenando-o a uma medida de segurança de internamento em estabelecimento psiquiátrico que terá um limite mínimo de três anos e máximo de 10 anos e oito meses.

O arguido terá, ainda, que pagar uma indemnização aos pais da menor no valor de cinco mil euros.

O homem foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em 19 de outubro de 2023 pela presumível autoria de crimes de abuso sexual de uma familiar próxima, menor de idade, e de pornografia de menores, ocorridos desde agosto de 2020 com utilização de plataformas informáticas.

A investigação, segundo a PJ, teve início numa sinalização por entidades internacionais relativas ao 'upload' de imagens consideradas de abuso e exploração sexual de menores, para plataformas de Internet, que terá sido efetuado pelo suspeito a partir de acessos registados em Portugal.

"Na sequência da investigação realizada foi possível apurar que o suspeito seria o criador desses conteúdos, de natureza pornográfica, recolhendo imagens de abusos e exposição sexuais, de uma criança, sua familiar, de 4 anos de idade, com a qual tinha um contacto frequente e próximo", referem os investigadores.

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