A urna com os restos mortais do escritor, coberta pela bandeira de Portugal, chegou ao Panteão Nacional, com escolta de honra a cavalo, ligeiramente atrasada em relação à hora prevista.
Imediatamente antes chegaram Presidente da República, presidente da Assembleia da República e primeiro-ministro, e à entrada do Panteão esperavam deputados e familiares do escritor, nomeadamente o trineto Afonso Reis Cabral, presidente da Fundação Eça de Queiroz e um dos dinamizadores da trasladação.
Numa manhã fustigada por chuva torrencial batida a vento, o exterior do Panteão esteve praticamente vazio de pessoas, não fossem meia dúzia de curiosos que pararam debaixo de guarda-chuvas a assistir à chegada da urna.
Dentro do Panteão, mais de 300 convidados, políticos e figuras de Estado acompanham a cerimónia que será marcada por vários momentos musicais e leituras de excertos de obras de Eça de Queiroz.
No final da cerimónia, previsto para as 12:30, a banda da GNR tocará o hino nacional.
A urna com os restos mortais do escritor Eça de Queiroz chegou à entrada principal da Assembleia da República cerca das 09:25 de hoje com escolta de honra motorizada e coberta pela bandeira nacional, mas a cerimónia começou minutos antes das 09:00.
À hora marcada para o início, a banda da GNR já se encontrava postada no passeio em frente ao parlamento para assinalar o arranque da homenagem ao escritor nascido na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, em 25 de novembro de 1845.
A chuva intensa, que começou a cair 15 minutos depois das 09:00, acompanhou a cerimónia desde o Palácio de São Bento até ao Panteão.
Eça de Queiroz morreu em 16 de agosto de 1900 e foi sepultado em Lisboa. Em setembro de 1989, os seus restos mortais foram transportados do Cemitério do Alto de São João, na capital, para um jazigo de família, no cemitério de Santa Cruz do Douro, em Baião.
Em 2021, o parlamento aprovou uma resolução em resposta a um repto lançado pela Fundação Eça de Queiroz, nos termos da lei que define e regula as honras de Panteão Nacional, destinadas a "homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade".
A trasladação esteve envolvida numa luta judicial, na sequência de ações interpostas por alguns dos bisnetos do escritor que não queriam que os restos mortais de Eça de Queiroz saíssem da aldeia de Santa Cruz do Douro.
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