O georgiano Shergili Farjiani, de 40 anos, o terceiro dos cinco fugitivos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, foi detido, esta terça-feira, em Itália, depois de mais de três meses em fuga. A operação decorreu em Pádua.
Faltam agora recapturar dois dos cinco fugitivos: o britânico Mark Roscaleer e o argentino Rodolfo Lohrmann.
"O evadido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, Shergili Farjiani, de 40 anos, foi recapturado, hoje, em Itália, pela Polícia Judiciária (PJ), depois de um persistente, complexo e ininterrupto trabalho de investigação e de recolha de informação desta Polícia, desde o dia da fuga, a 07 de setembro de 2024", anunciou a PJ num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Operação RETORNO III
— Polícia Judiciária (@PJudiciaria) December 10, 2024
O evadido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, Shergili Farjiani, de 40 anos, foi recapturado, hoje, em Itália, pela @PJudiciaria depois de um persistente, complexo e ininterrupto trabalho de investigação e de recolha de informação. pic.twitter.com/MXxhbCel9y
As autoridades reforçam que o homem tem uma "extensa carreira criminal" e está referenciado por "crimes de furto violento e falsificação de documentos".
"A operação policial contou com a colaboração das autoridades italianas para recapturar este cidadão georgiano com extensa carreira criminal, como crimes de furto violento e falsificação de documentos", pode ler-se na mesma nota da PJ.
A PJ realçou que recaía sobre este evadido georgiano "um mandado de detenção europeu emitido pela autoridade judiciária competente, constando de notícia vermelha na Europol".
A fuga de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho da Azambuja, envolveu cinco reclusos, dois deles portugueses já recapturados (Fábio Loureiro e Fernando Ribeiro Ferreira).
Após a captura de Shergili Farjiani, continuam em fuga um cidadão da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer.
Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
Esta fuga levou o Ministério da Justiça a avançar com a instauração de nove processos, visando o ex-diretor, o chefe da guarda e sete guardas prisionais, uma decisão que resultou das recomendações do relatório elaborado pelo Serviço de Auditoria e Inspeção (SAI) da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
Numa nota divulgada em outubro, o Ministério da Justiça destacou ainda a abertura de dois inquéritos autónomos: um relativamente ao comissário do estabelecimento prisional, pela "falta de concretização de uma medida de segurança e sobre uma situação de absentismo prolongado", e outro à Direção dos Serviços de Segurança "para avaliar o seu funcionamento e a capacidade de resposta a situações desta natureza".
Foi ainda emitida às entidades competentes certidão para apurar responsabilidades disciplinares em relação a militares da GNR sobre "as condições em que foram cedidas, sem autorização, as imagens de acontecimentos no estabelecimento prisional de Vale de Judeus à Comunicação Social.
[Notícia atualizada às 22h10]
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