O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a manifestar "reservas" em relação ao protesto dos Sapadores Bombeiros, em Lisboa, mas admitiu que "estar há 22 anos sem revisão do estatuto" é "muito tempo". Por isso, espera que em 2025 sejam retomadas as negociações com o Governo.
"Uma coisa foi o teor das manifestações, outra coisa é a justiça de estar há 22 anos sem revisão de estatuto fruto deste pingue-pongue que existe do Governo para a Assembleia da República, do Governo para o poder local e do poder local para a Assembleia. É muito tempo. Espero que no ano que vem haja oportunidade de um reatar de conversações para se modificar o estatuto que está bastante ultrapassado", defendeu Marcelo, nos Países Baixos, depois de um encontro com investigadores.
Sobre os pedidos de asilo de refugiados sírios, que estão a ser suspensos por vários países europeus, Marcelo afirmou apenas que o número de sírios asilados em Portugal "é muito pequeno".
"São sobretudo estudantes do ensino superior, não é uma comunidade significativa, mas não tenho ideia do que se passa com o número exato e asilados sírios em Portugal", explicou o Presidente da República.
Já sobre o homólogo brasileiro Lula da Silva, que "está estável" depois de ter sido operado de urgência a uma hemorragia na cabeça, Marcelo disse saber que a "primeira evolução foi favorável".
"Com muita amizade e atenção, vamos acompanhando e apoiando na sua convalescença", acrescentou.
Esta terça-feira à noite, Marcelo vai jantar com o rei dos Países Baixos, Willem-Alexander.
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