Este santuário, designado Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico, foi criado no início de janeiro de 2009 pelo então presidente George W. Bush e amplamente alargado em 2014 pelo seu sucessor, Barack Obama.
Atualmente, abrange mais de 1,2 milhões de quilómetros quadrados de águas protegidas - quase o dobro da superfície do Texas - em torno de sete ilhas e atóis no Oceano Pacífico.
A pesca comercial e a extração de recursos, incluindo a exploração mineira, eram proibidas, mas a pesca tradicional e recreativa continuava a ser permitida.
Segundo Donald Trump, a proibição da pesca comercial "coloca em desvantagem os pescadores comerciais honestos dos EUA", ao obrigá-los "a pescar mais longe da costa, em águas internacionais, para competir com frotas estrangeiras mal regulamentadas e fortemente subsidiadas".
No seu entender, "a pesca comercial devidamente gerida não poria em perigo os objetos de interesse científico e histórico" protegidos pelo santuário".
As áreas marinhas que constituem o santuário albergam recifes de coral imaculados e muitas espécies ameaçadas de extinção, incluindo aves marinhas e alguns tubarões e baleias.
Segundo a AFP, trata-se de um dos ambientes marinhos tropicais mais imaculados e vulneráveis do planeta, nomeadamente face às alterações climáticas.
Com o decreto de Trump, algumas destas zonas passam a estar abertas à pesca comercial, levantando a proibição em grandes áreas ao largo das ilhas e atóis "para os navios que arvoram o pavilhão dos Estados Unidos".
As autorizações de pesca podem também ser "emitidas a navios com pavilhão estrangeiro para transportar peixe capturado por pescadores americanos", refere o decreto.
Neste texto, Donald Trump dá também instruções ao seu governo para "alterar ou revogar todos os regulamentos restritivos que limitam a pesca comercial" no santuário.
Desde o seu regresso à Casa Branca, a 20 de janeiro, o republicano, cético em relação ao clima, tem vindo a atacar numerosas normas ambientais e afirma seguir uma política de desregulamentação para promover a economia, escreve a AFP.
Leia Também: Trump impõe novas taxas aos navios de fabrico chinês que atracam nos EUA