O suspeito de levar a cabo um tiroteio, esta quinta-feira, na Universidade Estadual da Florida, chama-se Phoenix Ikner e é um estudante de 20 anos.
De realçar que o ataque provocou dois mortos e seis feridos, incluindo o atirador, que "não obedeceu às ordens" da polícia e foi baleado, segundo revelaram as autoridades numa conferência de imprensa.
Segundo a agência de notícias norte-americana The Associated Press, os dois mortos não são estudantes da universidade.
O jovem é estudante daquela universidade e usou uma arma pessoal da mãe, agente no gabinete do Xerife do Condado de Leon, no tiroteio.
"A nossa agente, a delegada Ikner, está no Gabinete do Xerife do Condado de Leon há mais de 18 anos. Ela tem feito um trabalho extraordinário. O seu serviço a esta comunidade tem sido excecional. Infelizmente, o filho teve acesso a uma das suas armas, e essa foi uma das armas encontradas no local", disse o xerife do Condado de Leon, Walt McNeil.
Além disso, Ikner também era membro do Conselho Consultivo da Juventude do Gabinete do Xerife.
O suspeito invocou o direito de não falar quando foi detido pela polícia, disse o chefe de polícia de Tallahassee, Lawrence Revell.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, a partir da Sala Oval, que tinha sido informado sobre o tiroteio, afirmando que é uma "pena" que tenha acontecido, mas que não vai defender qualquer nova legislação sobre armas. "A arma não dispara, as pessoas é que disparam", acrescentou Trump.
Em resposta aos jornalistas, Trump disse que é um "grande defensor" da Segunda Emenda e do direito do porte de armas.
"Tenho a obrigação de proteger a Segunda Emenda", acrescentou, sublinhando que é "horrível que coisas como esta aconteçam".
Ambulâncias, camiões de bombeiros e veículos de patrulha de várias agências de aplicação da lei correram para o campus que fica a oeste da capital do estado da Flórida, depois de a universidade ter emitido um alerta de atirador ativo ao meio-dia de quinta-feira, dizendo que a polícia estava a responder perto da união de estudantes. Um alerta emitido pedia que as pessoas se resguardem e se mantenham "afastados de todas as portas e janelas e estejam preparados para tomar medidas de proteção adicionais".
O sistema de alerta da universidade anunciou, cerca de três horas após o tiroteio, que as forças policiais tinham "neutralizado a ameaça".
As autoridades pediram aos estudantes e professores que evitassem a associação de estudantes e outras áreas ainda consideradas como locais de crime. Estudantes e pais esconderam-se numa pista de 'bowling' e num elevador de carga dentro da associação de estudantes depois de ouvirem tiros no exterior do edifício.
A Universidade da Florida é uma das 12 universidades públicas da Flúrida, com o seu campus principal localizado em Tallahassee, onde ocorreu o tiroteio, a poucos minutos do edifício do Capitólio do Estado.
Cerca de 44.300 alunos estão matriculados na universidade, de acordo com a ficha informativa da escola para 2024. Em 2014, a biblioteca principal da universidade foi palco de um tiroteio que feriu três pessoas, com os agentes a dispararem e a matarem o atirador, Myron May, de 31 anos.
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