"Perante este plano diabólico, que combina massacres e fome, qualquer pessoa capaz de transportar uma arma em qualquer parte do mundo deve agir", disse o porta-voz sénior da organização palestiniana, Sami Abu Zuhri.
Donald Trump propôs deslocar a população do enclave palestiniano para países vizinhos para reconstruir o território destruído pela guerra entre o Hamas e Israel e transformar a Faixa de Gaza numa espécie de "Riviera do Médio Oriente".
"Não guardem um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Deixem que todos saiam do seu silêncio", acrescentou Zhuri, num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O apelo surge um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter proposto que os líderes do Hamas fossem autorizados a deixar Gaza, na condição de o movimento radicala palestiniano depor as armas.
Israel está a trabalhar no plano de Trump para transferir os habitantes de Gaza para outros países, acrescentou Netanyahu.
O chefe do governo israelita afirmou que, após a guerra, Israel garantirá a segurança em Gaza e "permitirá que o projeto Trump seja implementado".
Poucos dias depois de tomar posse, no final de janeiro, Trump propôs que os 2,4 milhões de habitantes de Gaza fossem expulsos do território sem direito a regresso, mas depois pareceu voltar atrás, declarando que "não iria impor" o plano amplamente condenado.
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