O Departamento de Prevenção e Mitigação de Catástrofes (DDPM) informou que as suas equipas de salvamento estão a trabalhar em contrarrelógio para ultrapassar a janela crítica de sobrevivência de três dias e chegar às pessoas presas debaixo do arranha-céus que colapsou no bairro de Chatuchak.
O último número confirmado de desaparecidos é de 47, a grande maioria dos quais funcionários que estavam a trabalhar na construção do edifício.
"As equipas de resgate estão a tentar levar-lhes comida e água. A dificuldade é que alguns estão presos a cerca de três metros de profundidade. Temos cerca de 72 horas para os ajudar, pois esse é o tempo aproximado que uma pessoa pode sobreviver sem comida e água", explicou Suriyan Rawiwan, diretor do Departamento de Bombeiros e Resgate de Banguecoque.
Enquanto a Administração Metropolitana de Banguecoque vai inspecionar os mais de 700 casos de danos estruturais na capital, na sequência do terramoto de magnitude 7,7 na escala de Richter, o primeiro-ministro do país, Paetongtarn Shinawatra, manifestou a sua frustração com a lentidão do sistema de alerta por SMS.
As agências presentes na reunião tentaram defender a robustez do sistema, mas reconheceram que este está limitado ao envio de 200 mil mensagens de 15 em 15 minutos e que a nova versão só estará disponível em meados do ano.
Entre este problema e o facto de ter sido impossível prever o terramoto, as mensagens começaram a chegar às 14:42 da tarde, quase uma hora e meia após o terramoto.
Um sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter provocou na sexta-feira mais de 1.000 vítimas mortais e o colapso de vários edifícios e monumentos em Myanmar, no Sudeste Asiático.
O sismo foi registado às 06:20 (hora de Lisboa). Ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros (km), com epicentro a cerca de 17 km de Mandalay, a segunda cidade da Birmânia, com 1,2 milhões de habitantes, e 270 km a norte da capital Naipidau.
Em Banguecoque, a milhares de quilómetros de distância, também há registo de mortos e vários feridos. O sismo foi igualmente sentido com intensidade em várias cidades do sul da província chinesa de Yunnan, embora até agora os danos registados tenham sido pouco significativos.
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