O apelo de Putin surge na sequência de um apelo do homólogo norte-americano, Donald Trump, para que se "poupem as vidas" dos soldados na frente de combate.
"Se eles depuserem as armas e se renderem ser-lhes-á garantida a vida e um tratamento digno, de acordo com as normas do Direito internacional e as leis da Federação Russa", disse Putin, segundo os comentários transmitidos por um jornalista russo.
Putin acrescentou que tinha visto a mensagem do Presidente dos Estados Unidos a apelar a que fossem "poupados" os "milhares de soldados ucranianos" que, segundo Trump, estão "completamente cercados pelo exército russo", enquanto Kyiv negava qualquer cerco.
Putin afirmou que os soldados ucranianos "cometeram numerosos crimes contra a população civil" na região de Kursk, que ocupam em várias centenas de quilómetros quadrados desde agosto de 2024, e voltou a compará-los a "terroristas".
"Ao mesmo tempo, apreciamos o apelo do Presidente Trump a considerações humanitárias para estes soldados", acrescentou.
As tropas russas fizeram avanços significativos nos últimos dias na região de Kursk, em particular retomando a pequena cidade de Soudja, a principal posição ucraniana no sector.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu uma situação "muito difícil" para os seus soldados na região de Kursk, mas negou qualquer risco de cerco na zona.
Hoje, Trump pediu a Putin que "poupe as vidas" de "milhares de soldados ucranianos" nas linhas da frente de guerra.
"Atualmente, milhares de soldados ucranianos estão completamente cercados pelo Exército russo, estão numa posição vulnerável e muito má. Pedi a Vladimir Putin que lhes poupasse a vida", escreveu Trump numa mensagem na rede Social Truth.
O Presidente norte-americano referiu ainda "discussões muito boas e produtivas com o Presidente Putin ontem [quinta-feira]", sem especificar se os dois chefes de Estado falaram diretamente por telefone ou através de emissários.
"Há uma boa hipótese de que esta guerra terrível e sangrenta finalmente termine", acrescentou Donald Trump.
Steve Witkoff, enviado especial de Donald Trump, chegou a Moscovo na quinta-feira para apresentar aos russos o plano dos Estados Unidos para uma trégua de 30 dias no conflito na Ucrânia, ao fim de mais de três anos de guerra causada pela invasão russa.
[Notícia atualizada às 17h49]
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