Ataque a comboio no Paquistão resultou em 21 passageiros mortos

Um ataque a um comboio que seguia de Quetta a Peshawar foi atacado na terça-feira pelo Exército de Libertação do Balochistão, que pedia em troca da libertação dos reféns que insurgentes detidos fossem libertados.

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© BANARAS KHAN/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
12/03/2025 18:10 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Paquistão

O ataque do principal Exército de Libertação do Balochistão, principal grupo separatista da região, fez 21 passageiros mortos. O balanço é feito pelas autoridades do país, esta quarta-feira.

 

De acordo com a Associated Press (AP), morreram 21 pessoas e foi ainda possível salvar 346 reféns. O comboio Jaffar Express fazia a ligação entre Quetta e Peshawar.

O comboio levava, de acordo com a AP, 440 passageiros - não tendo o exército paquistanês dado detalhes acerca do paradeiro dos restantes passageiros que, entre mortos e resgatados, ficam por contabilizar.

Já o líder da província paquistanesa de Baluchistão, Sarfraz Bugti, terá dito que o exército matou todos os insurgentes, que atacaram o comboio em troca de serem libertados insurgentes detidos. Segundo o Hindustan Times, seriam 33 insurgentes que atacaram o comboio - um número que, segundo a AP, será 50.

Ao canal televisivo Dunya TV,  o tenente-general Ahmed Sharif Chaudhry, porta-voz de relações públicas do exército paquistanês, explicou que "primeiro, os franco-atiradores das forças armadas neutralizaram os bombistas suicidas e depois os vagões foram sendo evacuados por etapas."

O tenente-general informou ainda que três soldados que vigiavam a linha do comboio foram mortos no ataque, que começou na terça-feira na província do Baluchistão.

De acordo com o porta-voz, o "cérebro da operação, baseado no Afeganistão, manteve-se em contacto com os atacantes por telefone via satélite durante a operação de limpeza."

O Exército de Libertação do Balochistão ataca regularmente as forças de segurança paquistanesas e tem também atacado civis, incluindo cidadãos chineses entre os milhares que trabalham em projetos multimilionários na aérea, trabalhos estes relacionados com o Corredor Económico China-Paquistão.

Leia Também: "Havia muito medo", revela passageiro de comboio tomado no Paquistão

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