O Governo do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, não planeia medidas de retaliação imediatas, como já anunciou a União Europeia (UE), procurando "negociar rapidamente um acordo económico para eliminar tarifas adicionais" e, assim, beneficiar a economia britânica, disse Jonathan Reynolds.
O ministro britânico indicou que vai continuar a trabalhar "de perto e produtivamente" com os Estados Unidos para defender os interesses comerciais do Reino Unido, mas mantém "todas as opções em cima da mesa" e não hesitará em responder "pelo interesse" do país.
O Governo do Reino Unido estimou que cerca de 5% das exportações britânicas de aço e 6% das exportações de alumínio, em volume, vão para os Estados Unidos, embora a associação da indústria do alumínio estime que este mercado represente 10%, sendo avaliado em cerca de 225 milhões de libras (270 milhões de euros).
A UE anunciou contramedidas, a partir de 01 de abril, às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio.
"Como os Estados Unidos estão a aplicar tarifas no valor de 28 mil milhões de dólares [26 mil milhões de euros], estamos a responder com contramedidas no valor de 26 mil milhões de euros", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em comunicado.
A Comissão garante que se mantém "sempre aberta" à negociação. "Acreditamos firmemente que, num mundo repleto de incertezas geopolíticas e económicas, não é do nosso interesse comum sobrecarregar as nossas economias com tarifas", acrescentou von der Leyen.
As taxas de 25% impostas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, ao aço e ao alumínio entraram hoje em vigor às 00:01 (04:01 em Lisboa), marcando uma nova etapa na guerra comercial entre os Estados Unidos e os principais parceiros comerciais.
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