Em comunicado, o executivo iraniano revelou que as reuniões vão decorrer com os vice-ministros das Relações Exteriores.
"[Os vice-ministros] vão concentrar-se nos desenvolvimentos recentes relacionados com a questão nuclear e no levantamento das sanções [impostas ao Irão]", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghai.
Em 2015, o Irão celebrou um acordo com os Estados Unidos, a França, a Alemanha, o Reino Unido, a China e a Rússia para regular o seu programa nuclear.
As tensões sobre o programa nuclear iraniano, que o Ocidente suspeita ter objetivos militares apesar dos desmentidos iranianos, aumentaram durante o mandato do Presidente Donald Trump.
Durante o seu primeiro mandato, o Presidente dos EUA retirou o seu país do acordo de 2015 que oferecia a Teerão um alívio das sanções em troca da limitação das suas ambições nucleares.
Em retaliação a esta retirada unilateral, o Irão, por sua vez, renegou os seus compromissos e avançou com o seu programa nuclear.
Nos últimos anos, falharam todas as tentativas de reavivar o acordo.
O texto é válido até outubro de 2025 e alguns países não excluem a possibilidade de voltar a impor sanções contra o Irão após essa data.
Segundo o organismo de vigilância nuclear da ONU, o Irão é o único Estado não detentor de armas nucleares a enriquecer urânio a um nível elevado (60%), continuando a acumular grandes reservas de material cindível.
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) define um limiar de 90% como suficiente para produzir uma arma atómica.
O Irão avançou a 08 de fevereiro que estava disponível para negociar com os Estados Unidos o levantamento das sanções, rejeitando, contudo, uma política de "pressão máxima", declarou Abbas Araghchi, chefe da diplomacia iraniana.
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