Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros queixou-se de uma "campanha de assédio cada vez mais agressiva e coordenada contra diplomatas britânicos, lançando acusações maliciosas e completamente infundadas sobre o seu trabalho".
"As acusações feitas contra estes indivíduos são totalmente falsas, fabricadas com o objetivo de justificar o seu crescente assédio aos diplomatas britânicos", argumentou.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia anunciou na segunda-feira a expulsão de dois diplomatas britânicos, que receberam um prazo de duas semanas para abandonar o país.
De acordo com o comunicado do serviço de informações russo, a medida foi adotada porque os diplomatas terão fornecido informações falsas para obter autorização de entrada na Rússia e porque foram detectados indícios de espionagem nas atividades dos dois diplomatas.
Para Londres, "é evidente que o Estado russo está a tentar ativamente levar a embaixada britânica em Moscovo a encerrar e não tem em conta o perigoso impacto que isso terá".
"Apesar das relações bilaterais extremamente difíceis causadas pela invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia e pela longa campanha de ações hostis contra o Reino Unido, o Governo britânico considera importante manter os canais diplomáticos de comunicação e as nossas respetivas missões diplomáticas", explicou.
No início de fevereiro, Londres revogou a credencial de um diplomata russo em resposta à expulsão por Moscovo de um diplomata britânico em novembro.
Em novembro, Moscovo anunciou também sanções contra uma dúzia de ministros do Governo britânico, que estão agora proibidos de entrar na Rússia.
Antes disso, em setembro de 2024, Moscovo retirou a acreditação de seis diplomatas da embaixada britânica em Moscovo por suspeita de espionagem.
Desde 2022, o Reino Unido introduziu restrições aos vistos para os diplomatas russos, incluindo a limitação do período de permanência no Reino Unido.
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