"Tomamos nota das declarações do Presidente Trump", disse um porta-voz da UE às agências estrangeiras.
"A UE continua firmemente empenhada numa solução de dois Estados [Israel e Palestina], que acreditamos ser o único caminho para uma paz duradoura para israelitas e palestinianos", acrescentou a mesma fonte.
Trump anunciou na terça-feira a sua proposta depois de se reunir na Casa Branca com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assegurando que os EUA farão "o que for necessário" para completar a reconstrução de Gaza, sem excluir a possibilidade de enviar tropas para a Faixa, embora a Casa Branca tenha dito hoje que não se comprometeu a fazê-lo.
Durante essa aparição, o Presidente norte-americano apresentou o seu plano para o futuro de Gaza, que prevê que os Estados Unidos "assumam o controlo" da Faixa a longo prazo e a reconstruam, transformando-a na nova "Riviera do Médio Oriente", depois de reinstalar permanentemente os palestinianos noutros países.
Trump apresentou o projeto como um negócio imobiliário, semelhante aos que o tornaram bilionário, e tentou enquadrá-lo como uma medida humanitária, dizendo que era impossível acreditar que alguém quisesse continuar a viver num território devastado pela guerra, que descreveu como uma "zona de demolição".
Os palestinianos reivindicam a Faixa de Gaza como parte de um futuro Estado, juntamente com a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, e a deslocação dos dois milhões de habitantes do enclave e o seu desenvolvimento imobiliário pelos EUA significaria o fim do conceito de Estado palestiniano tal como foi concebido até agora.
Países de todo o mundo, tanto adversários como aliados tradicionais dos EUA, rejeitaram nas últimas horas a proposta de Trump.
Estima-se que dois milhões de pessoas vivam na Faixa de Gaza.
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