Trump defende que Gaza é "zona de demolição" em reunião com Netanyahu

O chefe de Estado dos EUA, Donald Trump, afirmou que "merece" o Nobel da Paz, mas que "nunca lho vão dar". Declarações surgem em encontro com o chefe de governo de Israel, Benjamin Netanyahu.

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Notícias ao Minuto com Lusa
04/02/2025 22:27 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

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EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já estão reunidos em Washington DC, nos Estados Unidos, onde o norte-americano sugeriu pela primeira vez que a reinstalação deve ser uma solução permanente.

 

No encontro que tem lugar na Casa Branca, o primeiro de Trump com um líder internacional desde que tomou posse no mês passado, foram feitas algumas perguntas.

Em cima da mesa de trabalhos está o acordo entre Telavive e o Hamas, e os jornalistas presentes questionaram Trump sobre se este sentia que deveria ganhar o Nobel da Paz se tudo se encaminhar para a conciliação.

"Mereço-o, mas eles nunca mo vão entregar", respondeu Trump.

"Não acho que as pessoas devam regressar a Gaza"

O presidente norte-americano defendeu que Gaza é uma "zona de demolição" e que os palestinianos devem ser deslocados para países como o Egito e a Jordânia. "Eles [outros países] dizem que não vão aceitar, mas eu digo que vão. Mas também acho que outros países aceitariam", referiu Trump.

"Se olharmos para Gaza, não há praticamente nenhum edifício de pé e os que estão de pé vão desmoronar-se. Neste momento, não é possível viver em Gaza. Precisamos de outro sítio e acho que deve ser um sítio que faça as pessoas felizes. Se olharmos para as décadas passadas, só há mortes em Gaza. Isto está a acontecer há anos, é tudo morte", acrescentou.

Questionado sobre quantos palestinianos deveriam ser realojados, Trump respondeu: "Todos eles. Provavelmente 1,7 milhões, talvez 1,8 milhões. Mas penso que todos. Seriam reinstalados num local onde possam ter uma vida bonita".

"Não acho que as pessoas devam regressar a Gaza. Vivem como se estivessem no inferno. Gaza não é um sítio onde se possa viver e a única razão pela qual querem voltar, e acredito firmemente nisto, é porque não têm outra alternativa. Qual seria a alternativa? Se tivessem uma alternativa, prefeririam não regressar a Gaza e viver num lugar bonito e seguro", sustentou.

Desde que regressou ao poder, em 20 de janeiro, Trump reiterou este pedido em várias ocasiões, insistindo que a Jordânia e o Egito deveriam aceitar mais refugiados palestinianos provenientes de Gaza, uma ideia categoricamente rejeitada por estes dois países, bem como pelos Emirados Árabes Unidos, Qatar, Arábia Saudita, Autoridade Palestiniana e Liga Árabe.

É a primeira vez, no entanto, que os EUA sugerem que a reinstalação deve ser uma solução permanente e não temporária.

E que diz Netanyahu?

Já o primeiro-ministro israelita reconheceu o envolvimento de Trump no cessar-fogo em Gaza, alcançado em 19 de janeiro, e espera que a sua ajuda contribua para fazer avançar a segunda fase das negociações.

"Quando Israel e os Estados Unidos trabalham em conjunto, e o presidente Trump e eu trabalhamos juntos, as hipóteses aumentam muito. Quando não trabalhamos juntos, isso cria problemas", afirmou Benjamin Netanyahu, citado pela agência espanhola Efe.

Questionado ainda sobre se este iria apoiar, eventualmente, ataques contra o Irão (por parte de Israel), Trump foi menos assertivo: "Vamos ver o que acontece".

Veja as imagens do encontro na galeria acima.

Leia Também: Trump diz que não tem pressa em falar com Xi Jinping

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