Yarar disse à agência de notícias oficial palestiniana Wafa que os soldados estavam a usar altifalantes para pedir aos residentes que saíssem.
Tarik, um paramédico que trabalha no serviço de ambulâncias do Hospital Governamental de Jenin, informou que as forças israelitas usaram esta manhã altifalantes para pedir evacuações na cidade.
Contudo, o Exército israelita negou estar a forçar as pessoas a abandonar as suas casas em Jenin, explicando que se limita a permitir que os civis que queiram sair por razões de segurança abandonem a cidade.
"Não há nenhuma ordem de evacuação. Não estamos a obrigar ninguém a abandonar as suas casas", disse o porta-voz militar Nadav Shoshani, em conferência de imprensa.
A nova ofensiva israelita, anunciada na terça-feira pelo Exército e apelidada de Muro de Ferro, já provocou a morte a pelo menos 10 palestinianos.
De acordo com Shoshani, um dos principais objetivos do ataque é destruir engenhos explosivos improvisados que os militantes palestinianos - ligados a grupos islamitas como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestiniana - utilizam para fazer emboscadas a veículos militares israelitas em toda a Cisjordânia ocupada.
O porta-voz acrescentou que esta é a razão pela qual as forças israelitas têm forçado os pacientes do Hospital Governamental de Jenin a não abandonar as instalações desde terça-feira, enquanto os soldados desarmam os explosivos localizados junto às instalações.
Segundo a Wafa, há cerca de 600 pessoas retidas naquele hospital.
Um paramédico do Crescente Vermelho Palestiniano confirmou que não consegue aceder à cidade porque as forças israelitas estão a bloquear a passagem das ambulâncias.
Explosões e tiros podem ser ouvidos pontualmente na cidade e apenas alguns jovens caminham pelas ruas desertas.
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