Vaticano saúda libertação de prisioneiros em Cuba. "Sinal de esperança"

A libertação de 553 prisioneiros anunciada pelo Governo cubano é um "sinal de grande esperança", afirmou hoje o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

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Lusa
15/01/2025 23:12 ‧ há 3 horas por Lusa

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"A notícia da anunciada libertação gradual de 553 prisioneiros cubanos é um sinal de grande esperança no início do Jubileu", afirmou o cardeal em declarações ao portal oficial de notícias do Vaticano, Vatican News.

 

Cuba anunciou na terça-feira a libertação de 553 pessoas "sancionadas por vários crimes", após intermediação do Vaticano.

Segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país caribenho, o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, comunicou a decisão ao Papa Francisco "nos primeiros dias de janeiro" após "uma análise cuidada com base nas diferentes modalidades contempladas pela lei".

A medida, acrescentou Díaz-Canel, será aplicada "gradualmente".

O cardeal considerou "significativo" que as autoridades de Havana tenham ligado "diretamente" esta decisão ao apelo do Papa Francisco na Bula de proclamação do Jubileu Ordinário do Ano 2025, na qual pediu "gestos de clemência" ao mundo.

"O ano de 2024 terminou com a mudança, pelo Presidente dos Estados Unidos, de dezenas de penas de morte para prisão perpétua e com a notícia de que o Zimbabué tinha abolido a pena de morte", lembrou o cardeal.

E acrescentou: "Esperamos que 2025 continue nesse sentido e que as boas notícias se multipliquem, especialmente com a trégua para os inúmeros conflitos ainda em curso".

Hoje, as autoridades cubanas esclareceram que as 553 pessoas que vão ser libertadas das prisões da ilha não foram perdoadas nem amnistiadas - mas sim, tecnicamente, libertadas da prisão - e que, por isso, "podem voltar à prisão", se não cumprirem uma série de "requisitos", como o "bom comportamento".

Esta é a primeira libertação de prisioneiros em Cuba desde 2019, quando as autoridades absolveram 2.604 detidos.

A última vez foi em 2015, quando um total de 3.522 prisioneiros foram libertados como "gesto humanitário" antes da visita do Papa Francisco.

A decisão de Havana foi anunciada pouco depois de o Presidente dos Estados Unidos cessante, Joe Biden, ter indicado que Cuba iria deixar a lista de países que patrocinam o terrorismo, na qual estava incluída por uma decisão tomada em 2017, durante o primeiro mandato do republicano Donald Trump, que regressará à Casa Branca a 20 de janeiro.

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