Um pai acusado de matar a própria filha, uma adolescente de 14 anos, em Darlington, Inglaterra, em julho do ano passado, negou as acusações e, em tribunal, disse que ambos tinham estado a brincar na cozinha na altura da tragédia.
Simon Vickers, de 50 anos, negou o assassinato e homicídio culposo da filha Scarlett Vickers, e, à polícia, disse que estavam a brincar relatando que, no momento seguinte, começou a "jorrar" sangue do peito da jovem, de acordo com a Sky News.
"Estávamos apenas a brincar na cozinha, eu não sei como isto aconteceu, num minuto eu estava a cozinhar e no outro havia sangue a jorrar do peito dela", relatou o homem após a detenção.
A adolescente sofreu um ferimento provocado por uma faca e o óbito foi declarado no local, cerca das 23h50.
Segundo a defesa, Simon Vickers "nega por completo ter feito algo ilegal ou deliberado para causar aquela morte trágica" e reitera que "assumirá a responsabilidade moral pela morte da sua filha para o resto da vida".
Na altura do esfaqueamento, a mãe da jovem, Sarah Hall, de 44 anos, também estava presente na cozinha e tentou salvar a filha à medida que esta se esvaia em sangue no chão da divisão após sofrer um ferimento de 11 centímetros no peito.
Os paramédicos e a polícia foram chamados ao local, pouco depois das 23h00, e Sarah Hall corroborou que o marido e a filha tinham estado a "brincar" e que Simon Vickers tinha atirado algo contra a adolescente.
Em tribunal, foi relatado que o homem agarrou numa espátula que estava no balcão lateral da cozinha, em resposta às tentativas de brincadeira da adolescente, "sem se aperceber que tinha ido uma faca agarrada".
Sarah Hall confirmou que tinha tirado uma faca para cortar pão de alho e que o marido pegou no objeto sem se aperceber.
A polícia informou os jurados que Simon Vickers disse não entender o que tinha acontecido e que, no seguimento da declaração, fez um movimento e disse: "Não houve nenhum esforço nisto".
"A ferida é demasiado profunda para ter sido causada de forma acidental", de acordo com a acusação, citada pela Sky News.
O julgamento foi adiado para quinta-feira, 16 de janeiro.
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