Um passageiro causou transtornos num voo com destino a Nova Iorque, nos Estados Unidos, e obrigou o avião a ser desviado em virtude do seu comportamento.
O norte-americano de 34 anos não encara da melhor forma as viagens de avião e fica nervoso, por isso decidiu misturar xanax, um ansiolítico, com álcool, para combater a ansiedade. A mistura fez com que perturbasse o voo da companhia aérea United Airlines, na segunda-feira, conforme relata o The Guardian.
O passageiro, Zachary Greear, para além de incomodar os outros viajantes a bordo, também urinou no seu lugar e no corredor, de acordo com a polícia irlandesa, citada pelo mesmo meio. Para além disso, as autoridades indicam que o homem estava de tal forma alcoolizado que "não conseguia entender onde estava".
O voo, com partida em Amesterdão, já se encontrava rumo ao destino há cerca de duas horas, e, na altura, estava a cruzar a cidade de Donegal, na Irlanda, quando o capitão decidiu desviá-lo. A decisão levou a um desperdício e queima de cerca de 30 mil euros em combustível antes de aterrar.
Zachary foi detido no aeroporto de Dublin e declarou-se culpado de três crimes, ao abrigo da Lei de Navegação Aérea e Transporte da Irlanda – estar alcoolizado, de comportamento ameaçador, abusivo ou insultuoso e de causar incómodo a bordo de um avião.
O homem mostrou-se "horrorizado e envergonhado" pelo seu comportamento a bordo e ofereceu o "mais sincero pedido de desculpas", de acordo com o seu advogado, Eoghan O’Sullivan, citado pelo The Guardian.
Durante a audiência em tribunal, na segunda-feira, Eoghan O’Sullivan disse que o seu cliente aceitou a perturbação que causou no avião e que iria pagar o que fosse necessário para cobrir o custo do desvio, oferecendo cerca de 4.880 euros.
A oferta, no entanto, foi recusada pela juíza Michéle Finan que reiterou que o valor "nem sequer cobre o dano que este homem causou" e disse-lhe para voltar a tribunal, no dia seguinte, com "o dobro disso".
Michéle Finan criticou as atitudes de Zachary Greear e descreveu-as como "terríveis" e horríveis para os 153 passageiros a bordo do avião, assim como para os 13 tripulantes do voo.
"Conseguem imaginar o medo e trauma que ele causou ao piloto que estava a tentar gerir as pessoas de forma segura no seu avião, aos passageiros, aos funcionários da companhia aérea que tiveram de despejar combustível e dar meia-volta num voo numa jurisdição que nunca esperaram?", afirmou a juíza.
Apesar de tudo, e considerando a falta de antecedentes criminais, o pedido de desculpas por parte do arguido e o compromisso em doar cerca de 4.880 euros à caridade, o homem foi apenas condenado a pagar uma multa de dez mil euros à companhia aérea, devido aos danos provocados.
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