Os governantes dos Países Baixos, Estónia, Letónia e Lituânia estiveram reunidos na cidade neerlandesa para coordenar questões "cruciais" antes da cimeira com os 32 Estados-membros e para reforçar a cooperação ao longo do flanco leste da Aliança com a Rússia.
"Para a próxima cimeira da NATO em Haia, nós [Lituânia] defendemos dedicar 3% do PIB (produto interno bruto) a investimentos [de defesa]", disse o ministro da Defesa lituano, Dovile Sakaliene, considerando que "isso deve aplicar-se a todos".
A cimeira da NATO nos Países Baixos "pode ser histórica (...) e já vimos e ouvimos as mensagens do presidente eleito Trump", realçou o ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur.
"Não importa qual o acordo ou a decisão final em Haia. Todos compreendemos que 2% [do PIB] não é suficiente", acrescentou.
O Presidente dos Estados Unidos eleito, Donald Trump disse na semana passada que queria que os membros da União Europeia (UE) aumentassem as despesas para 5% do PIB.
Os países da NATO comprometeram-se há dez anos, após a anexação da península da Crimeia, na Ucrânia, pela Rússia, a gastar pelo menos 2% do seu PIB em despesas militares, sendo que apenas nove Estados-membros não mantiveram o pacto.
A invasão da Ucrânia pela Rússia levou os países da Aliança Atlântica a aumentar ainda mais as suas despesas militares.
Em dezembro passado, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, também apelou a um aumento, dizendo: "Vamos precisar de muito mais do que 2%".
O ministro dos Negócios Estrangeiros neerlandês, Ruben Brekelmans, que acolheu a reunião, disse que era fácil "apresentar uma percentagem", mas que o número poderia ser difícil de atingir.
"Face à iminência da ameaça russa, não se trata simplesmente de estabelecer uma percentagem, porque isso é fácil", disse Brekelmans.
E acrescentou: "Devemos também perguntar-nos se essa percentagem é acordada na cimeira -- como vamos conseguir isso."
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